Pregoeiros da nova Torre de Babel
TEOLOGIA DO OBREIRO > Teologia do Obreiro
Texto 2Tm 4:1-5
INTRODUÇÃO
Como pregadores do evangelho que somos, temos que primar por todos os meios para não perdermos o rumo. Nós, da Era da Igreja, da Dispensação da Graça, da Nova Aliança, enfim, do tempo do Novo Testamento. E que vivemos em um tempo diferenciado por Deus sobre todas as coisas. Até mesmo, quanto às Setenta Semanas de Daniel, vivemos em um tempo, incógnito, só Deus sabe. Pois, terminada a 69ª (sexagésima nona semana), o relógio dos judeus parou!
REFERÊNCIA ÀS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
A contagem das Semanas de Daniel simplesmente parou! Parou para ver a Igreja passar! Este intervalo em que o relógio dos judeus está parado, já dura entre dois mil e dez a dois mil e dezenove anos. O que é muito tempo, mas, é o Tempo da Igreja! Bem, das Setenta Semanas de Daniel, resta somente a 70ª (septuagésima) que se dará no dia em que findar o Tempo da Igreja na terra, tempo esse que já está pré-denominado de Grande Tribulação. Uma das maiores diferenças da Igreja sobre todas as outras instituições reside nessa Última Semana de Deus.
COM O PASSAR DOS TEMPOS, A MUDANÇAS DE CONCEITO
Pois bem, com esta movimentação toda, os pregadores hodiernos estão perdendo o rumo, visto que, no Tempo da Igreja, os pregadores devem falar simplesmente sobre o Evangelho de Jesus. Hoje, pregam-se sobre tudo, tudo, tudo, menos sobre o Evangelho como ele é. Sei muito bem que toda Escritura é divinamente inspirada, mas, assim como a de Paulo e dos demais apóstolos nossa pregação deve ser cristocêntrica – evangelística – missionária – graciosa – neotestamentária - perdoadora – não escandalosa.
CONTROVÉRSIA
Ah, mas e as passagens do Velho Testamento? Claro que elas todas estão intrinsecamente ligadas às do Novo. Assim como Jesus, nossas alusões às passagens do Velho Testamento devem ser para dar ênfase as do Evangelho do Senhor, ou seja, o Novo Testamento. Não são poucos os pregadores que sob a pretenção de reprovar a contribuição dos súditos do Reino Deus com o dízimo dos seus rendimentos, torcem a Palavra no sentido de desconectar o Velho do Novo Testamento.
Entre os dois Testamentos há um elo inseparável, inquebrável e inquestionável, tanto que, a Bíblia somente é Bíblia se conter os dois Testamentos. Mas, o objetivo precípuo da Igreja é pregar o Evangelho de Cristo. Falar de Jesus, falar do Seu poder salvador e curador. Falar do Seu amor, lembrando a todos dos tempos futuros. Do Tribunal de Cristo, das Bodas do Cordeiro, bem como de todas as coisas que o Senhor nos tem mandado falar. Inclusive dos Seus Juízos. Ide e pregai o Evangelho a todo criatura, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado – simples assim!
NOSSA PREGAÇÃO
Um contra senso horrível, é que as pregações mais onerosas para a Igreja nestes últimos dias, são recheadas da infeliz prática da “eixegese” - desprezam a exegese pura e santa, desafinando a semântica da graça da hermenêutica Espírito. Quando o pregador começa a exporar o lado místico do povo. Com sensacionalismos, provocando gritarias inconsequentes e levando o povo ao delírio sem nada da parte do Espírito do Senhor. Já atendi algumas pessoas, às vezes perto da meia noite, desesperadas por ter falado em línguas extranhas somente pela indução do pregador, sem receber nada da parte de Deus. Outros saem desses eventos sem saber o que fazer - diante de promessa que lhe fôra feita durante a pregação, mas, sem nenhum sentido que pode conectar-se ao evangelho de Cristo. Enquanto que outros partem para o linguajar do feiticismo mórbido. Simulando exorcismo nas pessoas contra: pomba-gira, tranca-rua, macumba, zé pilintra, exu-caveira e muitos outros termos sobre os quais, Jesus nunca falou e nem seus apóstolos. E pior, além de onerosos, esses pregadores tem usado com muita frequencia o púlpito das Igrejas Evangélicas Tadicionais, dentre estas, as Assembleias de Deus.
Quando a pregação for alterada em seu teor, do modelo que nos recomendou Jesus, passamos então a construir a moderna Torre de Babel. O que vemos hoje são homens cheios de conhecimentos, mas, plenamente divorciados da inspiração do Espírito Santo. Sob a inspiração de conceitos inócuos, apresentam cada dia uma discrepância do genuíno teor da Palavra. Esses áugures, pelo seu lado místico, e porque não dizer, diabólico, têm preferencia, porque são destas coisas que o povo incauto gosta.
CONCLUSÃO
Entendemos que Deus confundiu a língua dos construtores quando esses tentaram se auto exaltar na construção da Torre de Babel (Gênesis 11:1-9). Esse episódio deixou uma grande e clara lição sobre o perigo da ambição, da falta de submissão ao Senhorio de Cristo, da arrogância e do esquecimento do Todo-Poderoso. Quando o pregador parte para as heresias, automaticamente ele se afasta de Deus e consequentemente do Seu Santo Espírito.
“Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”
(1 Coríntios 3:11).
"E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar"
(2 Coríntios 12:7).
Pr. Jorge Albertacci
Assembleia de Deus do Retiro
Volta Redonda – Rio de Janeiro
E-mail: prjorgealbertacci@yahoo.com.br
24-02-2014