Confessar é Necessário, Mas a Quem?
LITURGIA > Pastorais
Tiago 5:16
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TEXTO
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”
INTRODUÇÃO
Confessar é uma virtude. Normalmente a confissão procede de um coração quebrantado e que é sensível ao toque guiador do Santo Espírito de Deus.
A necessidade de confissão de atos pecaminosos não é restrita aos enfermos que buscam com temor a Deus a cura para os males que lhes afligem.
O desejo e a orientação de que temos culpas e que estas devem ser confessadas precedem de uma comoção que somente o Espírito Santo é capaz de despertar em nossas vidas.
CONFISSÃO NOS DIZERES DE SALOMÃO
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" - (Provérbios 28:13).
Da confissão que fazemos aos nossos irmãos, dependem nossa prosperidade, nossa saúde, nossa felicidade, e acima de tudo, nossa comunhão com Deus. Entendemos que confessar é extremamente necessário, mas, quando e a quem?
Necessariamente o ato de receber a confissão não é e nem deve ser privilégio de ninguém. Tiago, recomenda que confessemos nossas culpas, uns aos outros e não necessariamente a um líder, seja ele apóstolo, pastor, bispo, mas, aos nossos irmãos.
Não é simplesmente o ato de confessar que vai nos curar e nos fazer prosperar, mas, o reconhecimento e a renúncia da nossa culpa que vai nos fazer dignos das misericórdias de Deus.
CONCLUSÃO
Todo cuidado deve ser observado, a rigor, pela pessoa que vai confessar, a quem ela vai confidenciar suas faltas. Principalmente nos dias atuais em que grande parte dos líderes de forma inescrupulosas se sentem donos do rebanho, inclusive, com poder de amaldiçoá-los e porque não dizer: de entregá-los a Satanás. Todavia, ressalto que, desses líderes nem palavras de bênção e nem de maldição produz efeito algum na vida dos santos do Senhor.
Desse cuidado, depende também a reputação do confessando, visto que, nem sempre aquele que está recebendo a confissão é confiável e não tem idoneidade para tal. E assim, sua reputação pode se tornar como um saco de penas de gansos jogadas à tempestade em uma noite de vendaval, e você jamais a recuperará. Conheço casos de alguns que tiveram de mudar de bairro e até mesmo de cidade. Pelo fato de confessar suas falhas à pessoa sem o menor preparo para isto.
Quando uma pessoa vem sinceramente a Deus com uma necessidade, ela receberá ajuda. Essa ajuda aumenta sua fé em Deus, e ela provavelmente também encontrará ajuda para outras necessidades. Por que ela terá sua fé aumentada e será uma pessoa agradecida a Deus e aos irmãos que a assistiram com amor.
É dever da pessoa que o faltoso a considerou digna para confessar, considere primeiramente a necessidade, e de que modo esse faltoso pode ser ajudado. E nunca dar maior ênfase à falta do que à necessidade. Por que quando a pessoa confessa, é porque ela quer ser ajudada – ela confessa na esperança de que ela vai ter sua comunhão com a Igreja e com Deus restituída.
Medite nestas palavras: Ore sem sessar, e, faça das confissões uma prática diária na tua vida. Claro que a princípio a pessoa indicada para confessar é o pastor da Igreja, mas, se a idoneidade dele for duvidosa, escolha entre os santos do Senhor, um irmão ou uma irmã que seja de sua inteira confiança e confesse e deixe. Faça assim e seja alegre e feliz.
Por amor aos santos do Senhor,
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Jorge Albertacci
Pastor Emérito da Assembleia de Deus do Retiro
Rua Engenheiro Joaquim Cardozo, 448 - Retiro
Volta Redonda - RJ