A essência da chamada
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INTRODUÇÃO
Todas as palavras de Jesus sempre foram plenas de objetividades. Motivo pelo qual devemos acatá-las com o mais elevado apreço. Neste artigo trataremos especificamente da essência da chamada do divino Mestre, aos Seus discípulos. Podemos notar nitidamente que o Mestre fez as seguintes chamadas, com vistas, que esses homens, seriam Seus companheiros para o árduo ministério que ora se iniciava.
1. O TEOR DA CHAMADA: “Vinde a mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1:17). Três fatos importantes compõem o chamado de Cristo:
a – “Vinde a mim” - Vir e/ou ir a Jesus é condição essencial para que alguém seja enviado a pregar o Evangelho de Cristo.
b – “Eu vos farei” - Nenhum homem, por si mesmo, pode elevar-se à categoria de ministro de Cristo, pois Ele mesmo disse: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5); “O homem nada pode receber, sem que do céu lhe seja dado”
c – “Pescadores de homens” - Jesus nunca chamou Seus ministros simplesmente para proferirem belos discursos. Escolheu-os para participarem de seu plano de salvação. Pescadores de homens, significa ganhadores de almas para o reino de Deus.
2. JESUS CHAMOU-OS PARA O TRABALHO: Não os escolheu para uma vida cômoda, cheia de regalias. Chamou pescadores, experientes no trabalho árduo, e de riscos constantes, que exigia coragem para enfrentar os perigos, e vigilância para evitar possíveis tragédias. Estas condições determinam o perfil de homem chamado por Cristo, nos dias atuais. Tem que ter disposição para trabalhar e libertar os escravos de Satanás, e vigiar, para não ser enlaçado nos seus ardis (1Pe 5:8).
3. A PRONTIDÃO DOS DISCÍPULOS: Sem pensar em honrarias e sem temer dificuldades, eles deixaram suas redes de pescar, e prontamente se dedicaram ao labor de pregar o Evangelho, que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16). Até mesmo porque, a Igreja não nasceu em berço de ouro. Ela nasceu quando ninguém tinha de que se orgulhar. O ministério não é motivo de orgulho e não serve para honrar comodistas, atraídos por interesses próprios, sua única finalidade é promover o Reino de Deus entre os pecadores. Neste caso, o “eu” desaparece, assim como o ponto de vista, a razão e o legalismo radical. Jesus não veio, senão aos perdidos, miseráveis e destituídos da graça de Deus. Ele veio às pessoas que se encontravam fora da sociedade e sem condições para reintegrar-se à mesma, assim como, a mulher samaritana, os publicanos, os leprosos, e etc. (Mt 9:13, 18:11; Mc 2:17; Lc 5:32; Lc 17:12, 19:10). A prontidão do obreiro, constitui-se unicamente em empenhar-se inteiramente à obra do Mestre, bem como, atentar para as necessidades que o pecador tem de Deus.
CHAMADA E HABILITAÇÃO
Conhecimento profundo das Sagradas Escrituras, aliado à poderosa unção do Espírito Santo, que completa a habilitação daquele que é chamado por Deus para o seu serviço. Somente o conhecimento da Palavra como uma matéria de um curriculo escolar, não tem nenhum valor, se não houver conversão a Cristo e a chamada divina.
1. A DIVINA CONDIÇÃO PARA O TRABALHO
O ganhador de almas, com a mente esclarecida pela Palavra de Deus, e a alma inflamada pelo zelo, santo amor, e o coração abrasado pelo Espírito Santo, tem condição de entender e expor com segurança a razão de sua fé e esperança, e a convicção do que prega (1 Pe 3:15).
2. HOMEM CAPAZ, PARA UMA OBRA EXCELENTE
“Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1Tm 3:1) - É lógico: para uma excelente obra é necessário um homem capaz. Em adição a isto, aplicamos a pergunta de Paulo: “E para estas coisas quem é idôneo?” (2 Co 2:16).
3. A RESPONSABILIDADE DO GANHADOR DE ALMAS
Certa ocasião ouvi de um obreiro improdutivo esta desculpa: “Cada um tem seus diferentes dons” – querendo com isto se auto justificar pelo fato de não produzir nada para o Reino de Deus. Sua afirmativa até que foi correta, mas não para ser aplicada aos descuidados e indolentes, que agem como se não fossem responsáveis pelos seus insucessos. Se, de fato, recebemos do Senhor Jesus, e administramos diferentes dons espirituais, estes resultarão em notável êxito em nosso ministério. Busquemos com zelo os dons espirituais, para a edificação da Igreja (1Co 14:12). Os ministérios (Ef 4:11,12) também exercem suas funções na edificação do corpo de Cristo, e visam um fim proveitoso (1 Co 12:7).
CONCLUSÃO
A finalidade precípua do ministério ou dom que Deus concede a cada um de Seus servos, é tão simplesmente, para que Seu santo nome seja glorificado e almas sejam salvas. Só se configura legítimo avivamento no meio do povo de Deus, quando Ele é legitimamente honrado com salvação de almas.
Pr. Jorge Albertacci
E-mail - prjorgealbertacci@yahoo.com.br
Volta Redonda – Rio de janeiro
Igreja Evangélica Assembleia de Deus do Retiro