O Convite do Último Dia - Estudos Bíblicos

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur ad elit.
Morbi tincidunt libero ac ante accumsan.
Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
Ir para o conteúdo

O Convite do Último Dia

LITURGIA > Pentecostes Ontem e Hoje
________

João 7:37-52

"No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre."
 
INTRODUÇÃO
 
Essa festa era oriunda da recomendação de Deus nos tempos de Moisés: “Sete dias celebrarás a festa ao Senhor teu Deus, no lugar que o senhor escolher; porque o Senhor teu Deus te há de abençoar em toda a tua colheita, e em todo trabalho das tuas mãos; pelo que estarás de todo alegre.” (Deuteronômio 16:15).
 
COMENTÁRIO

As três grandes festas: Páscoa, Pentecoste e a Festa dos Tabernáculos eram consideradas pelos judeus, festas de peregrinos, porque nesses três eventos anuais era exigido que todo homem judeu fizesse uma peregrinação até o Templo, em Jerusalém. Um dos pontos altos nessas ocasiões eram as diversidades que o povo trazia como oferta - os primeiros frutos da colheita da estação ao Templo, onde uma parte era apresentada como oferta a Deus.
 
Entre as principais simbologias que eram observadas na Festa dos Tabernáculos era o preceito das quatro espécies: Cidra, folha de Palmeira, Murtas e Salgueiros. Essas quatro espécies eram o que significava a unidade e harmonia entre os judeus. Quando eram lembradas as bênçãos sobre as plantas. Os ramos eram sacudidos esparzindo todos os cantos da Terra, simbolizando a presença de Deus em todos os lugares.

Em Isaías 52:14-15 lemos: “Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens. Assim borrifará muitas nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.”

Lemos também no versículo 10 do mesmo capítulo 52 de Isaías que: “O SENHOR desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” E nesse dia da celebração da grande festa, o santo braço de Deus se manifestou entre os judeus através de Jesus! Esse foi realmente um grande motivo para que eles ficassem pasmados. A proposta feita pelo Mestre não era alguma coisa comum entre eles. Eles realizavam as festas regadas de formalidades, mas, vazias, austeras, secas - mas, nesse dia, apesar de ser o último da festa, Jesus aparece, e quebra o protocolo, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre!"
 
OS SÍMBOLOS

O clímax do significado da vida, dos ensinos e da morte de Cristo, como relatado na Festa dos Tabernáculos, veio no último dia, o grande dia da festa. O fato de Jesus ter vindo a esta festa onde o povo estava agitado, erigindo tendas em memória da presença protetora e orientadora de Deus no deserto, recorda-nos que “o Verbo se fez carne” (Jo 1:14) e “verdadeiramente tabernaculou em meio ao seu povo.”
O ritual do último dia da festa, que simbolizava a entrada dos israelitas em Canaã, era caracterizado por um plano cuidadosamente trabalhado. As multidões de peregrinos estavam em uma disposição festiva. Cada peregrino levava, na sua mão direita, o lulabh, um ramo de murta e um de salgueiro atados de cada lado de uma palmeira. Na sua mão esquerda estava o ethrog, ramos de árvores sagradas, a chamada árvore do paraíso, uma espécie de limoeiro (Lv 23:40).

Os peregrinos dividiam-se em três grupos. Um preparava-se para o sacrifício matinal no Templo. Outro juntava os ramos de salgueiro para adornar o altar. O terceiro grupo, o mais importante, ia até o tanque de Siloé (Jo 9:7), de onde o sacerdote trazia água em um jarro dourado até o Templo, despejando-a na base do altar, como uma oferta líquida ou libação.

Enquanto a água era derramada, o grande Halel (SI 113-118) era entoado em duas vozes. Alguns pensam que foi imediatamente depois do rito simbólico de derramar a água, com a resposta em duas vozes, que Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre (ou coração). Este acontecimento no último dia, o grande dia da festa ressalta diversas ideias de grande importância. Em primeiro lugar, temos Siloé (enviado), lembrando-nos que, na nova ordem, Jesus é o Enviado do Pai e pelo Pai (Jo 3:17,34; 5:38; 6:29,57; 7:29; 8:24; 10:36; 11:42; 17:3,8,18,21,23,25), e Ele cumpre tudo o que já foi representado pelo tanque e pela cerimônia de derramamento da água.

Em segundo lugar, pode-se ver que o que era externo e limitado, trazido do exterior para o Templo, agora se torna interno, dinâmico, fluente e abundante. Em seguida, a vida cheia do Espírito é caracterizada pela abundância, tanto com relação à sua Fonte, Jesus, à Rocha que foi golpeada e da qual flui a corrente da vida (Nm 20:8; 1 Co 10:4), como em relação ao seu fluxo, que deve alcançar todos os homens em todas as nações (Lc 24:47-49; At 1:8). 

CONCLUSÃO

Finalmente, o relato anuncia o fato de que Jesus tornou o Pentecostes possível. “Todo o simbolismo da festa” começando com a colheita concluída, da qual era uma festa de ação de graças, apontando para o futuro... a cerimônia do derramamento de água era considerada de vital importância, a ponto de dar à festa o nome de “Casa do Derramamento de Água” e simbolizava o derramamento do Espírito Santo.”  Esta é a intenção óbvia do escritor do Evangelho, que comentou: E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. Um sermão para o Domingo de Pentecostes, intitulado “O Pentecostes Profetizado”, pode ser claramente visualizado aqui. 1. O Pentecostes simbolizado; 2. Pentecostes significa ter o Espírito de Deus dentro de si; 3. Pentecostes é vida, a vida de Deus, abundante. Aleluia! Glória e Honra ao Cordeiro.
________

Notas Bibliográficas
Ralph Earle Joseph H. Mayfield
Comentário Bíblico Beacon
Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD

Jorge Albertacci
Pastor Emérito
da Assembleia de Deus do Retiro
Volta Redonda - Rio de Janeiro
 
Voltar para o conteúdo