O Batismo No Espírito Santo
TEOLOGIA DO OBREIRO > Estudos Bíblicos
TEXTOS BÁSICOS
(Joel 2:28-32 - Atos 2:1-4, 14-21, 37-39)
INTRODUÇÃO
Entre as grandes doutrinas das Sagradas Escrituras encontramos a do Batismo no Espírito Santo, predita por Deus através do Profeta Joel, um dos Profetas Menores, que por muitos é chamado de "Profeta do Pentecostes" entre esses motivos destaca-se o de sua profecia correspondente ao derramamento do Espírito Santo.
(Jl 2:28-32) "E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SENHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar".
Esta profecia foi reiterada pelo profeta Isaias, um dos Profetas Maiores, que profetizou cerca de aproximadamente cem anos depois do Profeta Joel.
(Is 44:3) "Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes". No Novo Testamento, João Batista, o precursor do Senhor Jesus, reafirma em Mateus 3:11: "E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo".
NÃO É UM ASSUNTO POLÊMICO, TENDO EM VISTA SUA CLAREZA NAS PÁGINAS DO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
Inteligível! Tanto que a palavra grega usada por João Batista tenha sido "baptizein", que significa "imergir em água" indicando que os crentes seriam imersos, mergulhados no Espírito Santo.
A alusão ao fogo decorre do motivo de ser este um dos elementos símbolo do Espírito Santo, e que no coração do crente seria para purificar ou destruir todos os sentimentos incompatíveis com a Terceira Pessoa da Augusta Trindade de Deus, que é o Espírito Santo. (Mais detalhes abaixo no item "Algumas Interpretações sobre o Batismo com fogo"). O próprio Senhor Jesus, predisse e prometeu que enviaria da parte do Pai outro Consolador:
(Jo 14:16-17) "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós".
Após Sua ressurreição, Jesus reafirma em Lucas 24:49: "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder".
E Lucas, o médico amado reporta sobre o que Jesus dissera em Atos 1:5: "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias".
Tudo isto, foi finalmente ratificado pelo próprio Senhor, momentos antes de subir para o Céu:
(Atos 1:8) "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".
O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
Como não podia ser diferente, porque assim estava no plano de Deus, tudo veio a se cumprir no dia de Pentecostes, aos aproximadamente cento e vinte homens e mulheres, que esperavam no Cenáculo. Veio uma experiência que resultou em completa mudança de suas vidas. Agora eles já não eram mais aqueles discípulos de outrora. Agora eles estavam Batizados no Espírito Santo, conforme as profecias acima mencionadas.
(Atos 2:1-4) "E, Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
VISITAÇÃO INICIAL DO ESPÍRITO SANTO APÓS O DIA DE PENTECOSTES NA CASA DE CORNÉLIO
Vale ressaltar que, nem sempre há demora entre a conversão e o Batismo no Espírito Santo, especialmente se a pessoa já estiver instruída, discipulada, segundo as doutrinas bíblicas e crê que Jesus Cristo salva, cura e batiza no o Espírito Santo. Quando a pessoa está faminta das bênçãos de Deus e se entrega para Jesus de coração, o Céu poderá se abrir para essa pessoa de uma forma maravilhosa. Um bom exemplo disso temos no episódio da casa de Cornélio.
(Atos 10:44-48) " E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias".
Mediante a pregação de Pedro, o Espírito Santo realizou o ministério da regeneração na vida deles e no mesmo momento foram batizados no Espírito Santo, com a evidência de falar em línguas estranhas.
EM ÉFESO
É comum também haver um intervalo de tempo entre o dia da conversão e o batismo no Espírito Santo. O fato de o Senhor Jesus haver instruído os Seus discípulos, “já salvos”, que esperassem a promessa do Pai, o Poder do Alto, indica que em alguns casos o batismo com o Espírito Santo pode acontecer algum tempo depois da conversão. Conforme aconteceu na passagem do Apóstolo Paulo em Éfeso, ali havia alguns crentes que nem sequer sabiam que havia Espírito Santo, veja o que nos diz a Palavra de Deus em (Atos 19:1-6):
"E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas
e profetizavam"
Face ao exposto, fica claro que é possível ser crente, e não ser batizado no Espírito Santo, enquanto não se dispor a buscar em oração a promessa do Pai. O fato de os crentes em Éfeso desconhecerem o Espírito Santo, está claro que foi por falta de ensino. É o que acontece hoje, há muitas igrejas que não dão este ensinamento, e quando o fazem, ainda ensinam contra.
EM SAMARIA
Os Samaritanos deram crédito à pregação de Filipe que por força da providência, desce à cidade deles.
(Atos 8:5-6). "E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia".
A medida em que aceitavam o Reino de Deus, eram batizados, tanto homens como mulheres, até mesmo um certo mágico por nome Simão converteu e foi também batizado, mediante a pregação de Filipe, e a regeneração operada pelo Espírito Santo de Deus, convertiam e davam testemunho de fé através de suas vidas.
(Atos 8:12): "Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito"
Entretanto, mais tarde, receberam o batismo no Espírito Santo, visto que, até então, somente eram batizados nas águas.
(Atos 8:14-17): "Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus.) Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
A maior evidência do avivamento espiritual era a conversão dos pecadores, operada pelo Espírito, assim como ainda hoje é no meio Pentecostal, todavia, a prova dessa conversão era evidenciada pela mudança de atitude, e pela visitação do Espírito Santo nas vidas dos conversos, que só era compreendida através do falar em línguas estranhas.
O PRÓPRIO APÓSTOLO PAULO
Em suas experiências como servo de Deus, podemos aprender muito com sua conversão e vida. Na estrada de Damasco, Jesus se revelou a esse grande apóstolo (que ainda se chamava Saulo) de uma maneira maravilhosa. Paulo foi vencido pelo poder de Jesus e o reconheceu como Senhor! E a Ele se entregou, sem reservas, a sua vida. Ele mesmo ensina: "Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! Senão pelo Espírito Santo" (1 Co 12:3).
Paulo não foi um homem que simplesmente "caiu do cavalo", conforme ouvi na semana passada (primeira semana de Novembro/2002) um certo irmão ligar para uma emissora de rádio, enquanto era realizado um debate sobre este assunto; esse irmão que não crê, usou esse termo que considero de pejorativo. Dizendo que Paulo simplesmente caiu do cavalo.
A partir do momento da conversão, Saulo teve suas atitudes transformadas, houve uma evidência de que, o Espírito Santo havia realizado em sua vida o milagre do Novo Nascimento, quando lhe foi ordenado para entrar em Damasco! Para receber "novas instruções"! Novas instruções para um homem culto tanto no aspecto religioso como secular, portador das mais importantes credenciais:
Filipenses 6:5 circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé.
(Atos 9:6):"E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer".
Em seguida, providencialmente, Ananias lhe foi enviado, e dirigindo-se a ele como "Irmão Saulo", impôs-lhe as mãos e disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado. (Atos 9:17-18).
COMO RECEBER O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Por ser um dom vindo de Deus, não há uma classe distinta de pessoas, como raça, cor ou língua que seja privilegiada. Os pré-requisitos estão simplesmente na pessoa ser salva por Cristo, ter fé e ter em todos os aspectos a vida pautada nos preceitos estatuídos na santa Palavra de Deus.
OUTROS PONTOS RELEVANTES
O batismo no Espírito Santo é um ato de Deus pelo qual Seu Espírito vem sobre o “crente salvo” e o enche completamente. É a vinda do Espírito Santo para encher e apoderar-se do “crente salvo” como propriedade exclusivamente Sua.
De acordo com a vontade soberana de Deus, é outorgado ao crente, através da operação milagrosa do Espírito Santo, o poder para testemunhar de Cristo e por Cristo, na propagação do Seu evangelho. Para isto, é dotado pelo Espírito, de lábios ungidos (Atos 1:8; 2:4; 8:5-8; 13:17).
O NOVO NASCIMENTO E O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Há uma distinção clara entre o novo nascimento e o batismo no Espírito Santo, e isto está patente no Novo Testamento. Você poderá tomar consciência disto, atentando para o fato de que vários grupos mencionados no Novo Testamento foram batizados com o Espírito Santo algum tempo depois de se converterem a Cristo, algum tempo após haverem nascidos de novo. Alguns exemplos:
Os discípulos já haviam confessado ser Jesus Cristo o Filho do Deus vivo:
(Mt. 16:16) "E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" em outra passagem:
(Jo 6:68-69) "Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus".
Os discípulos já estavam limpos, pois Jesus mesmo já havia declarado isto: (Jo 13:10-11) "Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos" e (Jo 15:3) "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado". O Senhor Jesus já havia afirmado estar seus nomes escritos nos Céus: (Lc 10:20) "Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus". Jesus já havia soprado o Seu Espírito sobre eles:
(Jo 20:22) "E, havendo dito isso assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo". Os Discípulos já estavam, crentes salvos, limpos, com seus nomes escritos nos Céus, já tinham recebido o Espírito Santo através do sopro do Senhor Jesus, MAS, AINDA NÃO ESTAVAM BATIZADOS NO ESPÍRITO SANTO!!! Inteligível!!! Eles já haviam recebido certa porção do Espírito de Deus, MAS, AINDA PRECISAVAM SER BATIZADOS NO ESPÍRITO SANTO!!! Nada mais inteligível, não é mesmo? A Bíblia é clara. Você nem precisa estar gastando muito sua intelectualidade, seus conhecimentos em hermenêutica e semântica. O Espírito Santo te ajuda, Ele é o Mestre por excelência. (Jo 14:26; Jo 15:26). Está bem esclarecido nas Sagradas Escrituras que, o recebimento do Espírito Santo no ato da conversão, que é uma operação que somente Ele (O Espírito Santo) é capaz de fazer, é uma doutrina distinta do batismo com o Espírito Santo. Está claro que a conversão é um ato de Deus e o batismo com o Espírito Santo é outro.
O QUE EVIDENCIA O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Nossa convicção, com fulcro nas Sagradas Escrituras que o recebimento do Espírito Santo, através do batismo de poder, é provado pelo fato de que o crente batizado com o Espírito Santo fale em línguas desconhecidas, pelo poder sobrenatural de Deus e isto está patente na Bíblia. Há muitos que se encontram confundidos quanto ao falar em línguas estranhas, porque não distinguem entre o falar em línguas como evidência do batismo no Espírito Santo, e o falar em línguas como um dos nove dons, destacados em 1Coríntios 12:10 "e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas"
As línguas como evidência do batismo no Espírito Santo, foram manifestadas em outras ocasiões depois do dia de Pentecostes; a exemplo disto, temos o ocorrido na casa de Cornélio. Ao relatar sobre o que lá ocorrera, Pedro não considerou como um dom de línguas. Não julgou ser alguma coisa adicional, sem relação direta com o batismo no Espírito Santo. Tanto Pedro, quanto seus companheiros entenderam que o falar em línguas na casa de Cornélio, foi um ato intrinsecamente associado ao derramamento do Espírito e era primeiramente resultado do batismo. Notemos que quando os gentios foram tomados por um arrebatamento e extasiados adoravam a Deus em línguas estranhas, Pedro entendeu que, o que estava acontecendo era simplesmente o batismo no Espírito Santo.
"Pode alguém recusar a água para que não sejam batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo?" (Atos 10:47).
Com os crentes em Éfeso, conforme Atos 19, não foi diferente; simplesmente, outra vez o impacto característico do batismo no Espírito Santo, evidenciado pelas línguas. Assim, em qualquer lugar no Livro de Atos, o falar em línguas está sempre associado ao enchimento do Espírito Santo. E a única confirmação encontrada no Novo Testamento de que uma pessoa foi batizada no Espírito Santo, está no falar em línguas estranhas. Não há outra evidência. Nesse caso a Bíblia não menciona sobre a necessidade da interpretação.
Há os que perguntam: porque o povo Pentecostal admite o falar em línguas como evidência individual do batismo no Espírito Santo, quando também houve fogo e vento impetuoso no dia de Pentecostes?
É verdade que as três coisas se manifestaram na mesma ocasião, mas conforme registra o livro de Atos, somente o falar em outras línguas ocorreu outras vezes quando os primitivos cristãos receberam o batismo com o Espírito Santo, em diferentes ocasiões e lugares. Podemos admitir que Deus tenha escolhido o falar em línguas como evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Vale considerar, que o Espírito Santo é uma Pessoa, e uma das características de uma personalidade é a habilidade de falar.
O falar em línguas demonstra que o Espírito Santo tem obtido o controle do crente em todo o seu ser.
Reafirmamos: Falar em línguas é a evidência do batismo no Espírito Santo, embora, nos tempos modernos, há os que buscam cegamente a contextualização da Igreja, a qualquer custo, sobre o preço da cosmovisão (cosmo + visão), que é a concepção ou visão do mundo", e ainda "sinônimo de mundividêcia" (Dicionário Aurélio).
"Descobrem-se" outros meios que não dependem do falar em outras línguas.
A cosmovisão é uma teoria que prega que todas as coisas podem ser boas ou más dependendo da visão pessoal, levando o homem a viver toda a forma de sua vida enquanto na terra, sem se atrelar imediatamente à vida de fé e esperança com dependência total do Reino Celestial.
O pretenso batismo sem a manifestação de línguas estranhas subestima o poder do Espírito Santo e subjuga sua ação para acomodar e legitimar uma forma meramente humana.
Se o batismo nas águas (sepultamento ou imersão) é visível, porque o batismo no Espírito Santo seria para dentro, quando seu objetivo é justamente espalhar (para fora) os crentes, cumprindo-se o "ide" de Jesus?
Seria inocente pensar que o homem pode neutralizar o "theopneustos" (Théos = Deus + pneuma = sopro ou espírito) que no grego tem o significado de "soprado ou inspirado por Deus".
Com a ausência da operação do Espírito, a igreja passa a viver sob a influência humana, absorvendo o impasse que se chama adiáforo. São práticas da igreja não exigidas e tampouco proibidas pelas Escrituras - crenças não essenciais à salvação.
Aos gálatas, que viviam a indecisão entre a verdade e a pregação dos judaizantes, Paulo aconselha:
"Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne", (Gl 5:16).
AS LÍNGUAS COMO EDIFICAÇÃO PARA A IGREJA
Os que receberam a bênção de falar em línguas estranhas são instruídos pela Palavra de Deus a orarem a fim de alcançarem também a habilitação para interpretá-las, para que o Corpo de Cristo seja edificado.
(1Co 14:5, 12 - 13) " E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação. Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar".
A alusão de Paulo, no texto em apreço, diz respeito às línguas estranhas como DOM. Aqui não se trata do batismo, mas, do DOM.
AS LÍNGUAS COMO EDIFICAÇÃO INDIVIDUAL
Vale ressaltar, que embora haja diferença na operação e no propósito das línguas, a finalidade, é sempre a mesma - estar cheio do Espírito Santo - com a precípua finalidade de servir de proveito para a igreja de Cristo e a glória devida a Deus.
Em Primeira aos Coríntios 14:2-5, Paulo Escreve:
"V. 2 – “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém a entende, e em espírito fala de mistérios.”
Nesse caso não há interprete, até mesmo porque a língua é estranha, e uma vez sendo estranha, é porque ninguém a conhece, o próprio texto afirma: "PORQUE O QUE FALA LÍNGUA ESTRANHA NÃO FALA AOS HOMENS, SENÃO A DEUS, E EM ESPÍRITO FALA DE MISTÉRIOS PORQUE NINGUÉM O ENTENDE" "V. 3 - Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. "V.4 - O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica aigreja" 5 E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação".
As línguas estranhas não devem faltar em detrimento de não haver quem a interprete, é dom de Deus para a igreja e é dever do crente em Cristo, viver em constante oração, para que a igreja, fale em línguas, interprete, profetize, cure os enfermos e busque os demais dons dos Céus para que não fiquemos como que uma terra inútil que não produz nada, como uma comida sem sal, que a ninguém agrada.
É uma heresia ensinar que quando o crente não tem certo dom, que em detrimento disto não deve buscar o outro. Não há quem possa administrar os Dons do Espírito Santo, a não ser o próprio Espírito Santo. Afinal, ninguém tem dom nenhum, os dons são do Espírito, é Ele quem distribui, segundo lhe apraz, a cada um dos que foram lavados no precioso Sangue de Jesus 1Co 12:1-11.
HÁ ALGUMAS RESTRIÇÕES QUANTO AS LÍNGUAS ESTRANHAS?
Nos casos da manifestação das línguas tanto em Jerusalém, quanto em Cesaréia e Éfeso, onde todos falaram em línguas, não houve nenhuma exigência, porque o que ocorreu ali, foi o batismo no Espírito Santo. Mas, considerando as LÍNGUAS COMO DOM DE ELOCUÇÃO, há sim, restrições. Nesse caso nem todos falam em línguas.
(1Co 12:30) "Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? Há necessidade de que haja interpretação: (1Co 14:13-26; 28), estão sujeitas às limitações - (1 Co 14:27-28) "E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus".
Estas considerações, que regulamentam o dom de línguas estranhas, visam um fim proveitoso para a igreja do Senhor, sem contudo reduzir a importância das línguas estranhas em qualquer das formas que o Espírito Santo nos concede que falemos.
(Atos 2:4) "E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem".
OS ASPECTOS DO DOM DE LÍNGUAS
Assim como o Fruto do Espírito é UM, mas NÔNUPLO em seus aspectos, o dom de Línguas é UM, mas QUÍNTUPLO, na seguinte forma: 1) línguas faladas quando o crente é Batizado no Espírito Santo; 2) o Dom de Línguas para edificação pessoal; 3) línguas para a edificação do Corpo do Senhor; 4) línguas para a oração, que excede a língua para edificação pessoal; 5) línguas como um sinal. A Palavra de Deus deixa bem claro o valor e a necessidade do Dom de Línguas na Igreja. Desde os primórdios este dom tem sido a evidência maior da presença dos demais dons. Comparar o Dom de Línguas como o menor entre os demais, é ser incoerente com a Palavra de Deus e com a manifestação do Espírito Santo na Igreja do Senhor. 1 Coríntios capítulos 12, 13 e 14; Atos 2; 10; Marcos 16:17 – O fenômeno das línguas aparecem nas laudas sagradas e principalmente no Novo Testamento de várias formas, a saber: Como no dia de Pentecostes, falar em outras línguas: At 2:4 – Falar em línguas: At 10, 46; 19:6; 1Co 12:30; 14:5-6, 18, 23; 1Co 14:2, 4, 13 – Falar em línguas de homem e de anjos: 1Co 13:1 – Falar em novas línguas: Mc 16:17 – Variedades dês línguas: 1C0 12:10-28 – Línguas: 1Co 13:8; 14:22 – Uma língua: 1Co 14:14, 19, 26.
ALGUMAS INTERPRETAÇÕES SOBRE O BATISMO NO FOGO
A declaração de João Batista em Mateus 3:11 "e com fogo" tem dado motivo para várias interpretações aos estudiosos das Sagradas Escrituras.
Alguns acham que aqui temos dois batismos, um no Espírito e outro no Fogo, e que este último fala de juízo, provavelmente até do inferno. Assim interpretaram Orígenes e outros pais da Igreja: Neander, Meyer, de Wette, Lange, entre outros.
Outros acham que o fogo, neste caso, significa o fogo que destruirá o mundo no último dia. Outros há que relacionam esse fogo com o purgatório. Mas, essas interpretações falham ao considerar que o fogo do versículo 11 e o fogo do versículo 12 não falam do mesmo ministério de Cristo.
O ministério do Espírito, seria com fogo, assim como o ministério de João Foi com água. É bem verdade também que Cristo julgará (Mt 3:12), e que o fogo é símbolo do juízo. O Cristo tem por ministério limpar, purgar, e isto será para aqueles que aceitarem o ministério do Espírito Santo. Mas, a interpretação que aceitamos é de que o fogo do versículo 11 indica o caráter do batismo no Espírito, considerando que o modo como ele veio (no Pentecostes) tenha sido como vento, dotado de poder, força, como se fora um fogo impelido pelo vento; e quanto aos seus efeitos seria isso a purificação do povo de Deus (na qualidade de fogo produziria a purificação) e a transmissão de poder (usando a força do fogo).
Temos pois, uma dupla referência aos efeitos do fogo: a primeira de limpar, de purgar o bem e a segunda de destruir o mal.
Em Marcos 9:49-50, contém uma referência semelhante, e pode ser usada como ilustração "porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.”
Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmo, e paz uns com os outros"
O símbolo do batismo no Espírito (fogo) e o caráter e os resultados desse último batismo mostram a superioridade do ministério de Jesus, em contraste com o de João. Entendemos que, o batismo com fogo, é a provação do crente "Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo: e como me angustio até que venha cumprir-se" (Lc 12:50).
No contexto desta passagem, o Senhor fala das provas pelas quais o crente passa em função da dissensão causada por sua conversão a Ele (Lc 12:51-53). Já em Apocalipse 4:5, há uma referência ao fogo espiritual, causado pelo batismo no Espírito Santo, apresentado como "lâmpadas de fogo".
AÇÃO DO ESPÍRITO
Com o advento do Espírito Santo, a igreja passou a contar com os dons espirituais. A igreja adotou em sua caminhada a presença dos dons, cumprindo-se as profecias, especialmente a de Joel, que diz respeito aos sinais e maravilhas. Passou a presenciar curas milagrosas e libertação (Mc 16:17-18); efetivando com poder e anunciação do evangelho de Cristo (Mc 16:15-16), além de evidenciar a fé (Rm 1:17), preservando ainda o ensino da Palavra (Mt 26:20 e 1Co 4:17).
DONS DO ESPÍRITO
Todo esse dinamismo se vê na Igreja do Senhor por meio dos dons (phanerosis, no grego) espirituais descritos em 1Co 12:29-31
1 - Dom da Palavra da Sabedoria;
2 - Dom da Palavra do Conhecimento;
3 - Dom de Discernimento de Espírito;
4 - Dom da Fé;
5 - Dom de Curas;
6 - Dom de Operação de Milagres;
7 - Dom de Profecia;
8 - Dom de Variedade de Línguas;
9 - Dom de Interpretação de Línguas.
Eles são divididos em três grupos distintos, a saber:
1 - Ciência - Sabedoria, Conhecimento e Discernimento;
2 - Poder - Fé, Curas e Operação de Maravilhas;
3 - Palavra - Profecia, Variedade de Línguas e Interpretação de Línguas.
Bem depois do dia de Pentecostes, a Bíblia continua exortando o crente a se empenhar na busca pelos melhores dons, dizendo: "Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente", (1Co 12:31). Fé, a fé é um equipamento indispensável à vida do cristão. A Bíblia diz que aquilo que não é realizado por meio da fé não tem valor, e que sem fé é impossível agradar a Deus, pois "o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele". (Hb 10:38). Por intermédio dela tudo é possível, pois ela é o firme fundamento, das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem", (Hb 11:1). O teólogo medieval Ancelmo da Cantuária, que viveu entre 1033 a 1109, e que formulou o Argumento Ontológico da existência de Deus, dizia que a tarefa da Teologia era a fé em busca de entendimento (fides quaerens intellectum). (a fé que procura inteligência).
REFUTANDO AS DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS CONTRA OS DONS, ATRIBUTOS E BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
1 - Pregam os contrários a estes princípios, que o pentecostalismo clássico defende a doutrina do batismo no Espírito Santo como uma segunda, subsequente e definitiva experiência. Quer dizer que a primeira experiência é a conversão, não suficiente, por isso exige-se uma segunda experiência, afirmam, deve ser buscada intensamente através de oração, vigílias, jejuns e clamores.
Refutação:
Estou há 45 anos na Assembleia de Deus 1958-2005, e nunca ouvi alguém pregar nesses termos. Cremos sim, que o Batismo no Espírito Santo, é o cumprimento da promessa nas vidas daqueles que já “estão salvos” e tiveram pela misericórdia de Deus fé para crer na promessa. Na verdade essa promessa é para os que crêem. A pessoa pode ser “salva”, e não ser batizada no Espírito Santo. Mas, os “salvos” precisam entender que as bênçãos de Deus é algo infinito, imensurável, e também indiscutível. Discutir para confirmar a veracidade dos fatos é ser coerente, mas para negar, é incoerência.
2 - Afirmam que a evidência clássica de que alguém foi batizado seria então uma experiência de profunda comoção emocional, seguida de falar em línguas estranhas ininteligíveis. A idéia de experiência definitiva advém da linguagem pentecostal de tratar esta experiência como um divisor de águas, assim com a conversão. Alguém é ou não convertido. Assim, alguém é ou não batizado no Espírito Santo.
Refutação:
Na verdade, o crente ao ser batizado no Espírito Santo passa pela experiência de um profundo envolvimento com o Espírito de Deus. Classificar de comoção, só não insere o individuo em Mc 3:29, porque a misericórdia de Deus não tem limite. Mas, veja o contraste:
Sl 19:1 - Rm 1:18. Então é melhor atender Hb 3:7-8 - porque a misericórdia de Deus não excede a Sua justiça!
A recomendação de Paulo é para que haja interprete, não havendo, há necessidade de buscar o dom de interpretar. O desprezar um dom em detrimento da falta de outro, é falta de fé. É ignorar a fé e os méritos divinos. Mas quanto o alguém estar convertido, é sinal que o Espírito Santo tenha operado em sua vida, mas essa operação da conversão ainda não é o batismo propriamente dito, este assunto está bem discriminado acima. Os discípulos já estavam, salvos, limpos, já haviam até recebido o sopro do Espírito do próprio Senhor Jesus, e ainda mais, com os nomes escritos nos Céus, mas ainda não estavam batizados.
3 - Os não pentecostais defendem que o batismo no Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra regenerados pelo Espírito Santo, à igreja.
Refutação:
É bem verdade que o milagre da conversão é uma operação do Espírito Santo, mas, isto está patente nas Sagradas Escrituras, que o indivíduo estando convertido (convencido pelo Espírito e regenerado) não quer dizer que ele já esteja batizado com o Espírito Santo. O que está bem claro em Atos 19, bem como nas demais passagens atinentes.
4 - Afirmam ainda os contrários a essa doutrina que, ser batizado no Espírito Santo é símbolo de ser convertido.
Refutação:
Em nem uma passagem Bíblica aprendemos assim, não há na Bíblia sequer uma referência de alguém que tenha sido batizado no Espírito Santo, sem a evidência de falar em línguas. E a Bíblia em parte alguma mistura esses dois atos do Espírito Santo. Na Bíblia não há amparo para essa confusão.
5 - Que o Espírito Santo não é uma força ou substância, mas, um ser, e por isso alguém tem ou não o Espírito Santo, mas não é possível ter um pouco mais ou um pouco menos do dEle.
Refutação:
O Espírito Santo é a terceira PESSOA da Trindade, ter um pouco mais ou um pouco menos dEle como "substância" é realmente impossível, mas a medida da fé, a medida da não rejeição aos méritos divinos, o crente pode até ser batizado conforme a promessa e em seguida receber dons. Há crentes que nunca serão batizados no Espírito Santo, pois não acreditam. Não haver recebido ainda, mas, crendo e buscando em oração é uma coisa, mas, não receber por não crer na promessa é outra. É incredulidade.
6 - Se alguém não tem o Espírito esse não é dEle, que assim a prova da conversão é ter o Espírito, que Ele é o penhor, a garantia, da nossa herança, que Ele nos foi outorgado no dia em que convertemos.
Refutação:
Ter o Espírito Santo não quer dizer que o crente já está batizado, se fosse assim, os discípulos que até já haviam recebido o sopro de Jesus, lhes dizendo: recebei o Espírito Santo, já estavam então batizados também. Ter o Espírito e ser dEle é uma coisa, mas ter o Espírito, sendo dEle e não haver sido batizado no Espírito Santo é outra.
7 - Que a expressão batismo no Espírito Santo é exclusiva do Novo Testamento onde aparece por sete vezes, a apresentam as seguintes passagens Bíblicas (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16; Jo 1:33; At 1:5; At 11:16; 1Co 12:13), e é o cumprimento da expectativa do derramamento do Espírito Santo anunciado no Antigo Testamento. Que Pedro no dia de Pentecostes igualou o derramamento, conforme Joel ao batismo; pois que as duas expressões são idênticas, e apresenta (At 1:4-5; 2:17-33).
Refutação:
Realmente esta expressão é do Novo Testamento, até porque o Batismo no Espírito Santo foi uma promessa para os crentes da Nova Aliança, para os da dispensação da graça, para o povo hodierno (nós) e a pregação de Pedro não podia ser diferente, pois um ato era cumprimento do outro. Seria incompreensível se em seu sermão Pedro enfatizasse sobre a Festa dos Tabernáculos, ou da Páscoa, ou sobre a profecia de Jeremias a respeito do cativeiro na Babilônia. Mas as alusões ao derramamento do Espírito no Velho Testamento, não faltaram.
8 - Que o batismo é uma cerimônia "iniciática" e nunca subsequente, e que o dom do Espírito Santo é uma experiência cristã inicial.
Refutação:
Digamos que o batismo nas águas, seja uma cerimônia iniciática, para o indivíduo ingressar no cristianismo. Quanto aos dons do Espírito, tudo começa com o batismo no Espírito Santo que pode acontecer até mesmo antes do batismo nas águas.
9 - Que a vida e ministério de Jesus foram entendidos como "ministério do Espírito" e apresentam (2 Co 3:8). Que João resumiu essa perspectiva falando acerca do Batismo no Espírito Santo que seria dado por Jesus, e apresentam (Mc 1:8; Jo 1:33).
Refutação:
João não batizava ninguém no Espírito Santo, então nada mais correto do que desempenhar seu ministério, ministrar o que era de sua competência, e o demais deixar por conta daquele que viria. João ainda batizava dentro de um sistema judaico. Nada mais correto do que resumir essa perspectiva ao ministério daquele que viria, cujo ministério, seria o ministério do Espírito Santo. Porque não aceitar?
10 - Que Pedro garantiu o recebimento do dom, da promessa, do batismo, enfim, do derramamento a todos que se arrependessem e cressem, e apresentam (At 2:38-39).
Refutação:
Se Pedro garantiu, pela autoridade que lhe foi delegada, porque não aceitar? Se é para todos!
11 - Afirmam que em Gálatas 3:2-14 se mostra que o Espírito Santo foi recebido pelos que creram, como fruto da fé que responde.
Refutação:
O Batismo no Espírito Santo, vem pela fé adquirida através da pregação, e a operação do Espírito Santo, com o milagre da conversão, aí o a pessoa é alcançada pela graça salvadora que há na Bendita Pessoa de Cristo Jesus, agora ela está salva. Então segundo a Bíblia seu coração passa a ser templo do Espírito Santo. Tendo agora, não para completar a salvação, porque não há nada mais completo do que a Obra Redentora no Calvário, mas, para cumprir a promessa em sua vida da maneira que foi cumprida nas vidas dos irmãos, descritos em Atos 19.12.
12 - Afirmam os contrários a esse princípio que, o ser batizado no Espírito Santo é sinônimo de ser convertido.
Refutação:
Praticamente é, mas nem sempre a promessa do batismo se cumpre como se cumpriu na casa de Cornélio. Não necessariamente. Pode que aconteça o que aconteceu com os aproximadamente cento e vinte no Cenáculo. Ali havia alguns que já estavam convertidos há mais ou menos três anos, e só foram batizados no dia de Pentecostes. Volto a mencionar o caso de Atos 19.13.
13 - Que o Batismo no Espírito Santo não é regeneração, porque todos os verdadeiros crentes, desde Adão até o dia de Pentecostes, eram pessoas regeneradas, pelo Espírito e salvas pela graça de Deus, mediante a fé no Messias que havia de vir.
Refutação:
É verdade, eram pessoas regeneradas, mas ainda não eram batizadas com o Espírito Santo, o dia de Pentecostes ainda não havia chegado. E à luz das Sagradas Escrituras o batismo no Espírito Santo é exatamente para os regenerados. A pessoa precisa ser regenerada (gerada de novo) para receber o Batismo no Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo, em nada diz respeito a Adão. Este teve o privilégio de morar no Éden, os da época de Noé de serem salvos pela Arca. Mas, a igreja é povo de Deus também, e essa, foi comprada com o precioso sangue de Jesus. Para a igreja, aprouve ao Senhor, estabelecer uma Nova Aliança!!! A igreja é privilegiada com o batismo com o Espírito Santo.
14 - Que o Batismo no Espírito Santo não é repetição do dia de Pentecostes. Porque houve um só dia de Pentecostes, e esse dia jamais poderá repetir-se. Já passou. Já se cumpriu. E assim como Jamais se repetirá o dia do nascimento de Jesus da virgem Maria, e como jamais também se repetirá a morte de Cristo na calvário.
Refutação:
De um lado, a expressão da mais pura verdade, há até um ditado antigo que diz: (nada como Deus no Céu, e um dia após o outro). Essa declaração parece proceder de quem o bom senso fugiu. O dia na verdade não volta mais, Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente (Hb 13:8) e sua promessa e extensiva à todos quanto Deus nosso Senhor chamar (At 2:39).
15 - Que o batismo no Espírito Santo não é a repetição dos fenômenos do Pentecostes.
Refutação:
O batismo no Espírito Santo nada mais é do que o fiel cumprimento da Palavra de Deus, de Sua promessa feita através de Joel 2:28-32. É uma promessa somente para os que crêem.
16 - Que não é também propriamente dito, abundância de poder do Espírito Santo no crente em íntima comunhão com Cristo e com o Espírito nem é uma segunda bênção ou uma segunda experiência a ser recebida pelo crente que ora intensamente e constantemente, ou pelos jejuns; e, também o Batismo no Espírito Santo não é o mesmo que dom do Espírito e cheio do Espírito. São frases e em diferentes sentidos.
Refutação:
Esta incoerência, tem feito com que muitos crentes saem de suas igrejas tradicionais ou históricas, em busca da promessa do Batismo no Espírito Santo, e acabam até se envolvendo com doutrinas escusas, porque a promessa é para todos! Não é nada exíguo como é a mentalidade de muitos, e a alma do crente tem sede desta bênção. Não há teólogo algum que possa deter a atuação do Espírito de Deus. É sim abundância do poder do Espírito Santo. Onde abundou o pecado, a graça superabundou! Se é a segunda, terceira ou quarta, não sabemos, pois as bênçãos advinda de Jesus através do Seu Espírito não dão para enumerá-las. É sim uma bênção recebida pelo crente que ora constantemente, no caso do jejum, também não está excluído, mas não especificamente para receber o batismo, Jesus batiza no Seu Espírito pessoa que nunca tenha jejuado. Segundo a Bíblia o crente é salvo, em seguida o batismo no Espírito Santo, e em seguida os dons. O batismo no Espírito Santo é um, e os dons são nove. O fruto do Espírito é um, mas, nônuplo em seus aspectos.O crente batizado com o Espírito Santo, certamente está cheio dEle, mas nem sempre o estar cheio dEle significa estar batizado nEle. A Bíblia é clara. Até mesmo porque foi o Espírito quem inspirou seus cerca de quarenta escritores.
17 - Ensinam ainda os contrários ao batismo no Espírito Santo nos dias atuais que a alusão ao fogo, feita pelo precursor de Jesus conforme, Mateus 3:11, que ele estava se referindo ao Juízo sobre os pecadores impenitentes. Afirmam que na figura, o trigo são os pecadores que pela graça de Deus, se arrependem de seus pecados e dão frutos dignos de arrependimento, por serem regenerados e novas criaturas, mediante a fé em Cristo como seu Salvador. A palha são os pecadores que, não querendo arrepender-se, morrem em seus pecados e são lançados no fogo inextinguível do inferno. E a pá ou forquilha é o juízo justo de Cristo sobre os homens, crentes e não crentes. Foi Jesus quem batizou no Espírito Santo seus apóstolos, no glorioso dia do Pentecostes, dando testemunho das grandezas de Deus e da salvação que há em Cristo crucificado e ressuscitado. E é também Cristo quem batiza no fogo eterno do inferno. Nesta figura, temos, pois, evidentemente, a doutrina do inferno e a doutrina do juízo eterno de Cristo sobre os iníquos.
Refutação:
Entre as mais duvidosas interpretações do versículo em apreço, a mais improvável é esta. Esta foi a interpretação de Orígenes, Neander, Meyer, de Wette, e outros modernos, e que atualmente é aceita por igrejas, que desprezam o dom de línguas, e não aceitam o batismo no Espírito Santo, para a Igreja hodierna. Haja vista, que, quando a bíblia se refere ao fogo, ela está falando de juízo também, mas nesse caso, a interpretação mais aceita é de que o fogo de Mateus 3:11, indica que o caráter do batismo com fogo, é a provação do crente ("Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo: e como me angustio até que venha cumprir-se" Lc 12:50). No contexto desta passagem, o Senhor fala das provas pelas quais o crente passa em função da dissensão causada por sua conversão a Ele (Lc 12:51-53). Já em Apocalipse 4:5, há uma referência ao fogo espiritual, causado pelo Batismo no Espírito Santo, apresentado como "lâmpadas de fogo".
18 - Que no dia de Pentecostes, em cumprimento "final" da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, ele se manifestou de maneira singular e "irrepetível" (Manual da Igreja e do Obreiro - 8ª Edição - JUERP).
Refutação:
Se for o caso de anular as demais passagem do Novo Testamento, onde o assunto é sobre o batismo no Espírito Santo, até que dá para aceitar essa idéia, mas, como a Bíblia é enfática em afirmar que se alguém lhe acrescentar alguma coisa Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro (Ap 22:18-19).
O AVIVAMENTO DA RUA AZUSA EM LOS ANGELES
Não sei se com o propósito de mandar uma segunda, ou terceira bênção, como dizem as denominações históricas, Deus levanta, William J. Seymour que foi evangelista no Mississipi e pastoreou uma Congregação da Santidade em Houston, Texas, antes de chegar a Los Angeles, em princípio de 1906, para dirigir uma Congregação afro-americana liderada por Julia W. Hutchins.Durante o tempo em que Seymour esteve no Mississipi, foi influenciado por pessoas que haviam estado sob o ministério de Charles Parham, ministro branco em Topeka, Kansas.
Parham começou a Escola Bíblica onde ele e seus alunos, começando por Agnes M. Ozman, foram batizados no Espírito Santo e falaram em outras línguas. Por aceitar o batismo no Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas e por ensinar a doutrina Pentecostal, Seymour provocou a ira de alguns membros da Congregação. Expulso da igreja numa noite de Abril, foi muito bem recebido na casa de alguns crentes, onde começou fazer reuniões. Em 9 de Abril Seymour orou pela cura do Irmão Eduard Lee, que além de ser curado, Lee também falou em outras línguas, e passou a testemunhar aos outros a experiência. Mais tarde, naquele mesmo dia, outras 7 pessoas foram batizadas no Espírito Santo e igualmente falaram em outras línguas.
Em 12 de Abril de 1906, o próprio Seymour experimentou o batismo que pregava. As reuniões cresceram tanto na casa do senhor Lee, que no fim do mês de Abril, o edifício que podia acomodar cerca de 750 pessoas já se encontrava pronto para as reuniões! Em questão de dias, o mover do Espírito atraiu pessoas do mundo inteiro. Em 18 de Abril de 1906 o Daily Times, Jornal de Los Angeles, publicou uma reportagem de primeira página sobre o avivamento. Durante quase mil dias, dezenas de milhares de pessoas de todas as partes do globo visitaram a Rua Asuza e foram tocadas pelo derramamento abrasador do Espírito Santo. Esse movimento é considerado por muitos como a tocha que acendeu a fogueira mundial do Pentecostes no século XX. Vale ressaltar que todo esse movimento em Los Angeles, aconteceu dentro de um mês.
Prosseguindo nos anos subsequentes com o mesmo entusiasmo. A teologia Pentecostal teve grande ênfase no século XIX, com líderes tão importantes como Charles Finney, R. A. Torrey, A. J. Gordon, e muitos outros que apregoavam a capacitação de poder pelo Espírito, a cura divina e a iminente volta de Cristo, para arrebatar a Sua Igreja. Esses fluxos de santidade levaram a uma "ênfase quadrangular": “Cristo, o que salva; Cristo, o que cura; Cristo, o que batiza no Espírito Santo; Cristo, o Rei que vem.”
Esses temas bíblicos foram desenvolvidos no boletim Fé Apostólica, e publicado por W. J. Seymour. Esses extraordinários periódicos cobriram os dois primeiros anos do avivamento, de Setembro de 1906 a maio de 1908, e são encontrados na íntegra, (90 devocionais) no Livro O Avivamento da Rua Azusa - da CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
O REAVIVAMENTO NO BRASIL COMEÇOU COM AS ASSEMBLEIAS DE DEUS
No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era quase que totalmente católico. A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20, especialmente na América do Norte. Os participantes desse reavivamento ficaram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos 2). Assim eles foram chamados de "pentecostais". Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20 falaram em línguas quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram (Atos 2). Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais.
As igrejas existentes na época - Batista de Belém, Presbiteriana, Anglicana e Metodista, ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos. O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram sendo expulsos da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus.Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.
DEFINIÇÃO DA PALAVRA PENTECOSTES
O termo Pentecostes, vem dos "cinquenta dias" a partir da oferta do feixe de cevada no início da páscoa; o quinquagésimo dia era a Festa de Pentecostes (Levítico 23:16). Uma vez que o tempo decorrido era de sete semanas, 7 X 7 = 49 + 1 = 50, era também chamada de Festa das Semanas (Deuteronômio 16:10). Marcava o final da colheita da cevada. Tinha de ser um dia santo, em que se faziam ofertas de pão e sacrifícios de animais (Levítico 23:17-25), um dia de alegria e Ação de Graças que lembrava o livramento do Egito (Deuteronômio 16:12). Pentecostes, do original grego define: "Quinquagésimo" ou "Cinquenta" A segunda das três grandes festas anuais, essas festas estão assim descriminadas: (1ª Festa da Páscoa, 2ª Festa das Primícias ou Pentecostes e 3ª Festa dos Tabernáculos) a que devia comparecer todo o povo de Deus. Chamada de Pentecostes porque era observada no quinquagésimo dia depois do segundo dia de Páscoa. Como já mencionei, conhecida também como festa das semanas, porque observada sete semanas depois da Páscoa, (Deuteronômio 16:9).
Também se denomina a festa das primícias (Êxodo 23:16; Números 28:26). Na festa do Pentecostes toda a colheita foi dedicada a Deus, quem a dera. Durou somente um dia e foi observada no dia 6 do mês de sivã, na última parte de Maio.
Menciona-se em Atos 2:1; Atos 20:16; 1Coríntios 16:8. A promessa do derramamento do Espírito Santo prometida por Deus em Joel 2:28-32; Mateus 3:11; Marcos 1:8; Marcos 16:17; Lucas 3:16; Lucas 24:49; João 1:33; João 16:7-14; João 7:37-39; Atos 1:5, e bem como em outras passagens bíblicas, veio cumprir exatamente no dia da Festa de PENTECOSTES, Atos 2:1-4, e confirmado em Atos 19:1-6.
Partindo do princípio acima exposto, todos os crentes que aceitam a doutrina do derramamento do Espírito Santo (batismo no Espírito Santo) que é uma promessa para todos quantos creem conforme atos 2:39; Atos 19:1-6 e que crê nos DONS ESPIRITUAIS, conforme exarado em Primeira aos Coríntios capítulos 12, 13 e 14, são chamados de CRENTES PENTENCOSTAIS. Aí está a definição da palavra PENTECOSTAL.
BIBLIOGRAFIA
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Bíblia de Estudo Genebra - RA - SBB;
Editora Cultura Cristã/SBB - Bíblia Shedd;
Bíblia – Corrigida/1995 - 3.01 - SBB;
Compromisso - Revista de Adulto Cristão - 1º Trimestre 2001 - JUERP;
Notas e Comentários A Harmonia dos Evangelhos - Egidio Gioia - JUERP;
Doutrina Bíblica da Igreja - Glendon Grober - JUERP;
Pontos Salientes - 1988 - JUERP;
Manual da Igreja e do Obreiro - Ebenézer Soares Ferreira - JUERP;
Obreiro - Pr. Antonio Gilberto - CPAD;
Nos Domínios do Espírito - Estêvao Ângelo de Souza - CPAD;
Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer - CPAD;
As Assembleias de Deus no Brasil - CPAD;
O Avivamento da Rua Azusa Devocional - Seymour - CPAD;
Enciclopédia de Bíblia - Teologia e Filosofia - R. N. Champlim, Ph, D. J. M. Bentes - Vl. I;
Candeia O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo - Vl. IV Milenium.
Por: Pastor Jorge Albertacci
Jubilado da Assembleia de Deus do Retiro - Volta Redonda - Rio de Janeiro