Grande Apostila de Bibliologia - Estudos Bíblicos

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Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
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Grande Apostila de Bibliologia

Escatologia Bíblica
BIBLIOLOGIA

INTRODUÇÃO À BIBLIOLOGIA

Salmos 119:1-12

Ninguém conseguirá compreender bem o livro de Deus sem ter pelo menos uma ideia da história, costumes, idiomas, religiões dos povos que diretamente como os judeus, egípcios, assírios, e outros, participam do seu conteúdo e acima de tudo comunhão estreita com o Espírito Santo de Deus. Da arqueologia à apologética, com observações históricas e o registro de outros conhecimentos, fazendo uma breve introdução aos livros Bíblicos, procuramos transmitir aos alunos um conhecimento panorâmico acerca da Bíblia, e orientá-los a lerem e estudarem esse maravilhoso tesouro concedido por Deus aos homens, e que deve ser a nossa única regra de fé e prática. Esperamos que ao se aprofundar no estudo dessa apostila, novos horizontes se abram a frente do aluno, e que a cada capítulo sinta o desejo de penetrar cada vez mais no vasto campo do conhecimento Bíblico. Nosso desejo foi de preparar um trabalho resumido que atendesse as necessidades básicas daqueles que se propõem a estudar a Palavra de Deus ou conhecê-la melhor. É através da Bíblia que o Todo-Poderoso comunica ao homem sua vontade e seu amor em Cristo.
                
A História da Bíblia e os Originais
Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.
Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. 
 
As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas. Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.
             
O Antigo Testamento em Hebraico
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.  Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por a Lei, os Profetas, e as Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. 
 
Já os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, e 1 e 2 Reis. E as Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias, e 1 e 2 Crônicas.  Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros eram escritos em um pergaminho separado, embora A Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico, da direita para a esquerda e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico. 
 
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.
   
O Novo Testamento em Grego
Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses grupos marca o início da Igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.  
 
A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular. 
 
O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Velho Testamento e o texto em grego do Novo Testamento.
 
Outros Manuscritos
Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. 
 
No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o Novo Testamento foi constituído. Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião, o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos. Quando Constantino proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. 
 
É possível que o grande historiador Eusébio de Cesareia (263 - 340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamento foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.  
 
História das Traduções
A Bíblia, o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo, desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.
 
A Primeira Tradução
Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico, com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.  Denominada Septuaginta (Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I (d. C). 
 
A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas Igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.
 
Outras Traduções
Outras traduções começaram  a  ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e  em latim - a mais importante de todas as línguas pela sua  ampla  utilização no Ocidente.  Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d. C, o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras. Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.
 
Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de Jerônimo.
 
Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo. 
Tradução de Antonio Pereira de Figueiredo: Antonio Pereira de Figueiredo, que preparou a primeira Bíblia inteira, baseada na Vulgata Latina, nasceu em Manção, Portugal, a 14 de fevereiro de 1725. Essa tradução consumiu 18 anos de trabalho.
 
Tradução do Padre Huberto Rodhen: Em 1930 o Padre Huberto Rodhen traduziu o primeiro Novo Testamento inteiro diretamente do grego, o primeiro tradutor católico a fazer tal tipo de tradução na história da Bíblia portuguesa.
 
Tradução do Padre Matos Soares: Essa é a tradução mais popular entre os católicos. Foi baseada na Vulgata Latina e em 1932 recebeu o apoio papal por meio de carta dirigida ao Vaticano. Quase a metade dessa tradução contém explicações dos textos, em notas entre parênteses. Essas notas parentéticas incluem, naturalmente, dogmas da Igreja Romana, da qual pertencia o tradutor. Tradução Brasileira (TB): Foi preparada sob a direção do Dr. H. C. Tucker, tendo sido concluída em 1917. Essa tradução nunca foi muito popular.
 
QUAL É A MELHOR TRADUÇÃO DA BÍBLIA?
Com o lançamento de novas traduções, muitas pessoas têm ansiosamente perguntado: "Qual é a melhor tradução da Bíblia?"
Não abordarei aqui todas as traduções da Bíblia publicadas no Brasil. Falarei daquelas que são propriedade da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Neste catálogo, encontram-se os mais diversos formatos de Escrituras, que usam tais traduções. A SBB possui e publica duas traduções da Bíblia: a de João Ferreira de Almeida e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).
 
A tradução de Almeida, como resultado de várias revisões, é publicada pela SBB em três versões: Revista e Corrigida (DO), Revista e Corrigida-Edição de 1995 (RC) e Revista e Atualizada - 2a. Edição (RA).
 
(a) A (DO) é a Almeida mais antiga. Lançada em 1898, recebeu revisões ortográficas no século XX, mas basicamente manteve o texto inalterado. (b) A RC é uma revisão da DO. A partir do texto hebraico, identificou-se mais claramente o nome de Deus no AT e dividiu-se o texto em parágrafos; além disso, acertou-se a pontuação e atualizou-se, onde necessário, a terminologia. (c) A RA, publicada em 1993, é a revisão da versão que foi lançada em 1959. Comparada à DO e RC, a RA se distingue por ter como base textos originais (hebraico, aramaico e grego) mais atualizados, embora essencialmente não diferentes dos da DO e RC. Por outro lado, a RA traz um texto mais afinado com o português erudito falado no Brasil. No entanto, a característica fundamental da tradução de Almeida, em suas várias versões, é a de seguir o princípio de equivalência formal. Esse princípio leva a traduzir o texto não só buscando que o mesmo seja a representação fiel do sentido dos originais, mas também conservando, o máximo possível, as características gramaticais, a estrutura de cláusulas e frases, e a consistência na tradução dos termos das línguas originais.  Já a TLH é o resultado de um importante projeto de tradução da SBB. Vendo a necessidade de uma tradução mais simples, conforme o modo de falar da maioria dos brasileiros, a SBB iniciou uma nova tradução. O NT foi lançado em 1973, e a Bíblia completa, em 1988.
 
No final de 2000, a SBB lançou uma revisão completa da TLH como Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH). A NTLH segue o princípio de equivalência funcional, semântica, ou dinâmica. Este princípio leva a traduzir os textos originais com absoluta fidelidade, bem como a comunicar, do modo mais natural, a mesma ideia dos originais em linguagem contemporânea, obedecendo às normas gramaticais e à estrutura do Português.
 
Mas Qual é a Melhor Tradução?
A fidelidade aos originais é fundamental para uma boa tradução. Todas as traduções, ou versões, publicadas e distribuídas pela SBB são fiéis aos originais. Elas se distinguem no seguinte:   (a) Na linguagem: a linguagem das Almeidas é mais erudita e, às vezes, até arcaica; já a linguagem da NTLH é mais simples e atual. (b) No princípio de tradução: as Almeidas são mais literais e formais; já a NTLH expressa o sentido conforme o modo de falar da maioria das pessoas. Há pessoas que preferem a linguagem erudita e formal; já outras, a linguagem simples. Logo, precisamos perguntar: qual é a melhor tradução para quem? Para pessoas eruditas? Para pessoas simples? Para pessoas que já são cristãs há muito tempo? Para pessoas que nunca leram a Bíblia nem conhecem a fé cristã? Para adultos? Para crianças? Ou, precisamos perguntar: qual é a melhor tradução para quê? Para estudar? Para evangelizar? Para memorizar? Para ensinar?
 
Em resumo, cada tradução será boa para alguém ou para alguma finalidade. Por isso, é muito bom que tenhamos várias traduções. Pessoas que não sejam tocadas por uma tradução poderão ser por outra. Encaremos, portanto, as traduções como bênçãos que Deus nos dá para alcançar o maior número de pessoas para o seu Reino. (cf. 1Co 9.22). "Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB."
 
AS PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS
Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 – espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.
 
Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
 
Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.
 
Descobertas Arqueológicas
Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó.
 
Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo. Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.
 
Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.  As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.
 
O DIA DA BÍBLIA – A ORIGEM DO DIA DA BÍBLIA
O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.
 
Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro desse mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.
 
Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.
             
Edição Revista e Corrigida (RC)
Bíblia Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida (1898, 1995). Uma das características da RC é a linguagem clássica, praticamente erudita. Nesta edição, fica transparente que a tradução de Almeida preza pela equivalência formal. Em outras palavras, João Ferreira de Almeida procurou reproduzir no texto traduzido os aspectos formais do texto bíblico em suas línguas originais (hebraico, aramaico e grego). Almeida procura estabelecer tal equivalência quanto ao vocabulário, à estrutura e demais aspectos gramaticais. Assim, por exemplo, Almeida buscou manter em sua tradução a ordem dos termos nas frases e também a sua categoria gramatical como se encontram nos textos originais da Bíblia. 
 
Além disso, no tempo em que Almeida publicou sua tradução pela primeira vez (ca. 1681), era costume dos tradutores indicar pelo tipo itálico (inclinado) toda e qualquer palavra que precisasse ser inserida na tradução para que tivesse sentido, o que foi fielmente conservado pela RC. É uma das mais queridas e apreciadas no Brasil, disponível em diversos tamanhos e formatos.
 
Edição Revista e Atualizada (RA)
Bíblia Sagrada, traduzida por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada (1959, 1993).  Conservando as características principais da tradução de equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de revisão e atualização teológica e linguística da RC. Igualmente fiel aos textos originais, a linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre, evitando o demasiado vulgar e demasiado acadêmico e literário. A RA tem tido ampla aceitação, tanto no Brasil como em outros países de fala portuguesa, podendo ser encontrada em diversos tamanhos e formatos.
 
BÍBLIA SAGRADA - NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)
Traduzida Pela Sociedade Bíblica do Brasil (2000).
Esta tradução segue os princípios da tradução de equivalência dinâmica, sendo fiel aos textos originais (em hebraico, aramaico e grego). O sentido do texto é dado em palavras e formas do português falado no Brasil. Foi feito todo o esforço para que a linguagem fosse simples, clara, natural e sem ambiguidades. Daí ser especialmente indicada para pessoas que estão tendo seu primeiro contato com a Bíblia. É uma excelente ferramenta para a evangelização. A NTLH pode ser encontrada em diversos tamanhos e formatos, com diferentes capas e encadernações.
 
JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA – HISTÓRIA
Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda muito jovem. Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome de João Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil - a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada - a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País, segundo pesquisa promovida por A Bíblia no Brasil.
 
Se a obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado a respeito deste português da cidade de Torres de Tavares, que morreu há 300 anos na Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). O que se conhece hoje da vida de Almeida está registrado na "Dedicatória" de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (Presbiterianas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.  De acordo com esses registros, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa local.
 
Tradutor aos 16 anos
Dois anos depois, começou a traduzir para o português, por iniciativa própria, parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol. Além da Versão Espanhola, Almeida usou como fontes nessa tradução as Versões Latina (de Beza), Francesa e Italiana - todas elas traduzidas do grego e do hebraico. Terminada em 1645, essa tradução de Almeida não foi publicada. Mas o tradutor fez cópias à mão do trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka). Mais tarde, Almeida tornou-se membro do Presbitério de Málaca, depois de escolhido como capelão e diácono daquela congregação.
 
No tempo de Almeida, um tradutor para a língua portuguesa era muito útil para as igrejas daquela região. Além de o português ser o idioma comumente usados nas congregações presbiterianas, era o mais falado em muitas partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto, difícil de entender para a maioria da população. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele na Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões, segundo palavras, "para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação."
 
Perseguido pela Inquisição, Ameaçado por um Elefante
O tradutor permaneceu em Málaca até 1651, quando se transferiu para o Presbitério da Batávia, na cidade de Djacarta. Lá, foi aceito mais uma vez como capelão, começou a estudar teologia e, durante os três anos seguintes, trabalhou na revisão da tradução das partes do Novo Testamento feita anteriormente. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão, para onde seguiu com um colega, chamado Baldaeus.
 
Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de "superstições papistas," que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. O motivo dessa medida não é conhecido, mas supõe-se que estivesse novamente relacionado com as ideias fortemente anticatólicas do tradutor.  A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranquilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. De acordo com seu amigo Baldaeus, o fato aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.  Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu sua mulher e casou-se. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrecia de Lamos). Um acontecimento curioso marcou o começo de vida do casal: numa viagem através do Ceilão, Almeida e Dona Lucretia foram atacados por um elefante e escaparam por pouco da morte. Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.
 
Ideias e Personalidade
A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da Batávia, onde ficou até o final da vida. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Os registros a esse respeito mostram muito de suas ideias e personalidade. Entre outras coisas, Almeida conseguiu convencer o presbitério de que a congregação que dirigia deveria ter a sua própria cerimônia da Ceia do Senhor. Em outras ocasiões, propôs que os pobres que recebessem ajuda em dinheiro da igreja tivessem a obrigação de frequentá-la e de ir às aulas de catecismo. Também se ofereceu para visitar os escravos da Companhia das Índias nos bairros em que moravam, para lhes dar aulas de religião - sugestão que não foi aceita pelo presbitério - e, com muita frequência, alertava a congregação a respeito das "influências papistas."
 
Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado - ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo da Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda.
 
Exemplares Destruídos
Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais -mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu parar o processo, e a impressão foi interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões e brigas, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país.
 
Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam na Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.
 
Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos na Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.
 
Ezequiel 48.21
Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada - pelo menos desde 1670, segundo os registros—, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ez 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.
 
Diferença Entre as Versões
Tanto a edição Revista e Corrigida quanto a Revista e Atualizada foram constituídas a partir dos textos originais, traduzidos por João Ferreira de Almeida no século XVII. As pequenas diferenças entre uma e outra edição devem-se ao fato de os próprios originais em hebraico, aramaico e grego trazerem algumas variantes e suportarem mais de uma tradução correta para uma palavra ou versículo.  Porém, na essência as duas versões refletem o bom trabalho realizado por João Ferreira de Almeida, o qual foi completamente fiel aos textos originais das Escrituras Sagradas. Embora haja diferenças entre as duas versões, as passagens centrais da fé cristã - que apresentam Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador - são perfeitamente claras e concordantes em ambas.
 
A Revista e Corrigida (RC)
A RC foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em data anterior à fundação da SBB. Naquela época, a tradução de Almeida foi entregue a uma comissão de tradutores brasileiros, que foram incumbidos de tirar os lusitanismos do texto, dando a ele uma feição mais brasileira. Publicada em 1898, recebeu o nome de Revista e Corrigida.  Seguindo os princípios da equivalência formal, a RC é adotada por inúmeras denominações evangélicas em países de língua portuguesa, especialmente no Brasil e em Portugal. As diferenças desta edição para a Revista e Atualizada se dão basicamente no que se refere aos manuscritos originais disponíveis na época de Almeida. Descobertas arqueológicas e estudos de teólogos e historiadores em torno das Escrituras Sagradas tiveram grandes avanços desde o século XVIII até os dias de hoje. Tais documentos não existiam à época de Almeida. Dessa forma, a RC é a expressão dos textos originais com que Almeida trabalhou; não há nesta versão indicações de textos sobre os quais os diversos manuscritos bíblicos divergem.  Embora haja certas diferenças entre a RC e a RA, ambas têm seu valor como traduções fiéis da Palavra de Deus de acordo com os textos originais disponíveis na época de sua elaboração. Porém, não há diferenças entre os próprios manuscritos que deponham contra a mensagem central da Palavra de Deus.
             
A Revista e Atualizada (RA)
Quando em 1948, a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente da Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores brasileiros. O resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o que hoje conhecemos como a versão Revista e Atualizada. Conservando as características principais da tradução de equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de revisão e atualização teológica e linguística da RC. Igualmente fiel aos textos originais, a linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre. Sua revisão foi feita à luz dos manuscritos bíblicos melhor preservados.
 
Em 1993, a RA passou por uma segunda revisão, afinando ainda mais o texto bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e grego.  Confrontando a tradução de Almeida, que resultou na versão Revista e Corrigida, com os novos manuscritos encontrados, os editores da RA decidiram indicar os textos em que um ou mais manuscritos não tinham consenso. Tais textos foram colocados entre colchetes, como é o caso da mulher adúltera, o qual permanece na Bíblia Sagrada por ser mencionado em grande número de manuscritos antigos e também por não contradizer em nada os demais ensinamentos das Escrituras Sagradas. É importante frisar que os textos-chaves das Escrituras Sagradas, os que dizem a respeito à salvação em Cristo Jesus, não apresentam qualquer tipo de dúvida.
 
Forma de Escrever Detalhando, Livros, Capítulos e Versículos
Ex.: Primeira aos Coríntios, capítulo doze e versículos um a dez, quinze, dezessete e vinte e um, e Mateus capítulo três, versículos três, quatro, oito, nove e dez:  1Co 12:1-10, 15, 17, 21; Mt 3:3-4, 8-10.

Descrevendo as Pontuações
Iniciais do Livro: Mt = Mateus; sendo a primeira letra maiúscula e a outra minúscula.
Número do capítulo;
(: ou .) dois pontos ou um ponto, divide o capítulo e os versículos a seguir;
(-)  o hífen, divide os versículos em sequência;
(,) a virgula, separa os versículos quando os mesmo não estão em sequência;
(;) o ponto e vírgula indica que a seguir não se trata mais do mesmo capítulo ou do mesmo livro.
Exemplo: Gn 15:1, 3, 5, 7-10; 17:10-12, 14-16; 1Cr 12:1-6.
 
Gêneses capítulo 15 e versículos, um, três, cinco, sete, oito, nove e dez, e capítulo 17, versículos dez, onze e doze, e quatorze, quinze e dezesseis, e Primeiro Crônicas, capítulo 12 e versículos, um a seis.
 
A Bíblia tem alguma coisa diferente de todos os outros livros deste mundo. A sua preservação por tantos os séculos e a sua divulgação, sendo aceita e apreciada por tantas pessoas de classes, condições e profissões diferentes. Reis, filósofos, poetas, estadistas, sacerdotes, médicos, publicanos, pescadores, etc ... escreveram a bíblia, um no deserto do Sinai, outro no palácio de Jerusalém, outro junto ao rio da Babilônia, outro na cadeia de Roma, outro na ilha de Patmos. Há um período de quase 1600 anos entre o primeiro e o ultimo escritor. Os materiais apresentado são: história, genealogia, lei, ética, profecia, ciência, higiene, economia, política e regras para a conduta pessoal. Tudo isto forma uma unidade, expondo o plano de Deus na salvação dos pecadores.
 
Gênesis é o Começo das Coisas. O Apocalipse, a Consumação
De Gênesis  a Malaquias - a salvação necessária, prometida e tipificada.
Os quatro Evangelhos – a  salvação realizada.
De Atos a Apocalipse – a salvação aplicada e consumada.
 
Na exposição da mensagem  de Deus, a Bíblia usa linguagem figurada ou simbólica, que pode ser entendida pelo contexto ou pela comparação de outras passagens no mesmo assunto. Muitas figuras de retórica estão no texto bíblico, tornando a ideia enfática, mantendo sempre a clareza do pensamento. A Bíblia é assim um livro de metáforas, símiles, alegorias, tipos, símbolos, etc... 
 
Metáforas – um objeto tomado por outro - " o cordeiro de Deus’’.
Símile  –  Comparação – "sou como o pelicano no deserto’’  (Sl 102:6a).
Metonímia – uma coisa tomada por outra, com relação de:
a)  Causa pelo efeito – "tem Moises e os profetas’’  (Lc 16:29b).
b)  Efeito pela causa – "duas nações há no teu ventre’’ (Gn 25:23a).
Hipérbole – aumento ou diminuição exagerada da realidade das coisas. " ... faço nadar o meu leito... com as minhas lagrimas’’ (Sl 6:6).
Ironia – pensamento com sentido oposto ao significado literal. " ...o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal’’ (Gn 3:22b)
Antropomorfismo – atribuição a Deus das faculdades humanas: "o Senhor cheirou o suave cheiro’’ (Gn 8:21a).
 
TIPO – alguma pessoa, coisa ou cerimônia que se refere a eventos futuros.
SÍMBOLO – algum objeto material representando verdades espirituais.
Alegoria
1- aplicação alegórica de histórias verídicas ou exposição dum pensamento sob forma figurada. Exemplos: os filhos de Abraão (Ismael, Isaque), como os dois concertos da lei, e da graça (Gl 4:22-23). 2- a história da vinha que foi trazida do Egito (Sl 80:8-10).
duas águias e a videira (Ez 17:3-10).  3- O livro de Cantares é todo uma alegoria  representando o amor de Cristo para sua igreja.
Parábola – uma narrativa em que as pessoas e fatos correspondem as verdades morais e espirituais. E são encontradas em toda a bíblia.

Exemplo no Velho Testamento:
O Profeta Natã contou a respeito do "homem pobre que tinha apenas uma ovelha, e um homem muito rico lhe tomou, e a preparou numa refeição para o amigo que chegara’’ esse homem rico era o rei Davi. (2Sm 12:1-7).  Espiritual de Deus ninguém esconde nada.     Moral = não devemos cobiçar as coisas alheias.

Exemplo no Novo Testamento
"um rei deu um banquete e mandou chamar os convidados, e cada um tinha uma desculpa para não vir’’... (Lc 14:15-24).    Espiritual = muitos serão chamados, poucos os escolhidos.     Moral = as coisas do céu devem ser levadas a sério, Jesus continua chamando hoje para um banquete.  Vamos então considerar para analise apenas TIPOS, SÍMBOLOS.
 
TIPOS - É uma pessoa ou coisa que se refere a acontecimentos futuros, sempre empregado na esfera religiosa. Podemos dividi-los em históricos e rituais.
Tipos Históricos Podem Ser Pessoais ou Coletivos   

Pessoais = quando certos personagens do Velho Testamento têm alguma semelhança com a pessoa de Jesus, ou ilustram alguma revelação da doutrina do evangelho. Este caso é o que o que chamamos tipos humanos de Jesus.   
Coletivos = é aplicação dos acontecimentos da vida dum povo ou de uma coletividade à Igreja aqui no mundo, ou como aviso sobre o modo de proceder dos crentes.
Tipos rituais = quando os detalhes da lei mosaica prefiguram o ensino do Novo Testamento. Isto aparece nos capítulos sobre o Tabernáculo e sobre as cerimônias de Levítico.
 
ANTÍTIPO
A palavra traduzida por figura, em Hb 9:24 e 1Pe3:21. o termo alude a uma correspondência de sentido, em alguma ilustração. No uso comum, afirma-se que o Antigo Testamento contém TIPOS das verdades  Neotestamentárias. As coisas assim tipificadas são chamadas antítipos. Assim o Tabernáculo e seus móveis nos oferecem tipos de Cristo, e o próprio Cristo é o antítipo. Israel repousou na terra de Canaã (tipo), e nós esperamos pelo descanso na esfera celeste (antítipo).  Adão, Abraão, José, etc... de alguma maneira são tipos de Jesus Cristo, e este é o antítipo deles.        
 
SÍMBOLOS
"Começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava – lhes o que Dele se achava em todas as Escrituras’’ (Lc 24:27). Muitas palavras das Santas Escrituras são empregadas com vários sentidos, apresentando alguma relação com nossa união a Deus, pela salvação alcançada pela morte de Jesus.
 
Num espaço pequeno, não é possível estudar todas. Escolhemos algumas cujo simbolismo é mais claro, poderemos apresentar nesta apostila um pouco das aplicações que são feitas para nosso crescimento espiritual. O sentido em que é empregada uma palavra pode ser descoberto pelo contexto ou por outras passagens no mesmo assunto. Seguem as palavras que encerram vários símbolos.  
 
ÁRVORE

1-    Símbolo da Graça de Deus e da Vida Eterna
Quando Deus preparou um lugar para habitação de sua criatura, o jardim do Éden, pôs ali "a árvore da vida’’ e a "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn2.9b). Eram literalmente árvores, mas representavam necessidades espirituais. A árvore da vida estava no meio do jardim, guardada pela mente do Criador, merecendo uma atenção especial." Adão, tendo pecado, ficou privado de comer da árvore da vida, por isso foi expulso do Éden.  A figura da árvore da vida atravessa toda a revelação bíblica. Na restauração do pecador, terá ele direito a comer do seu fruto. Numa das promessas ao vencedor, o Espírito diz expressamente às Igrejas: -"ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus" (Ap 2:7).

2-    As Árvores Também Simbolizam os Homens
Jesus Cristo, falando de falsos profetas, diz:  "Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se  no fogo" (Mt 7:15-19).

3-    As Árvores São Símbolos dos que Obedecem
Quem anda fazendo a vontade de Deus é "... como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto na estação própria... e tudo quanto faz prosperará". (Sl 1:3). O crente tem que levar uma vida sempre pensando no bem do próximo. Pois a árvore dá frutos, sombra, remédio, lenha, madeira, e outros bens para ajudar o próximo. E caso for diferente nos enquadraremos em (Jd 12c), e seremos "... árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas"
 
CARNE
A carne é o tecido muscular dos animais. Vem nas páginas bíblicas com diversos significados.
1- A Palavra Aparece no Sentido Literal
Em uma murmuração no deserto, os israelitas disseram: "Quem nos dará carne a comer?" (Nm 11:4c).

2- A Carne é a Humanidade de Jesus
"E o verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1:14a).
No  Tabernáculo  e no Templo havia um véu, uma cortina volumosa de espessura em torno de 12cm, impedindo a entrada do povo no lugar Santo dos Santos. Quando Jesus morreu o véu se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51), significando que desaparecia a separação, o impedimento no acesso a Deus. O véu era tipo da carne ou da humanidade de Jesus. (Hb 10:20). Também na ministração da Ceia do Senhor, o pão simboliza sua carne (Jo 5:51).

3-  A carne é o Poder dos Homens, o Valor da Humanidade
Quando o Senaqueribe, rei da Assíria, preparou guerra contra Ezequias rei de Judá, este sendo crente fiel, confiou na proteção de  Deus e animou o povo com estas palavras: "com ele (Senaqueribe) está o braço de carne, mas conosco está o Senhor nosso Deus" (2Cr 32:8a).   a-  A carne também é uma natureza branda, obediente a Deus. (Ez 11:19b). b- Carne é a inclinação má, a tendência para o pecado. (Mc 14:38b).
 
PEDRA
1-    Pedra quer dizer monumento
Sua principal utilidade sempre foi nas construções, porem nos tempos antigos servia de monumento. Jacó  a usou como travesseiro e a pôs como coluna fazendo voto a Deus (Gn 28:18-20). Outra vez a usou como testemunha quando se separou de Labão (Gn 31:45-49). Josué mandou tirar doze pedras do fundo do rio Jordão para memorial, para relembrar a passagem no Jordão (Js 4:4-8). Samuel, depois da vitória sobre os filisteus, tomou uma pedra e a pôs entre Mispá e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, "... até aqui nos ajudou o Senhor" (1Sm 7:12b).  2- Pedra pode ser incredulidade, a insensibilidade do homem para com Deus.  "... e se amorteceu nele, o seu coração, e ficou ele como pedra" (1Sm25:37b).  3- Pedra representa o crente na obra da Igreja de Jesus Cristo. (1Pe 2:5).  4- Pedra também será a recompensa do crente que vencer. (Ap 2:17)  5- Pedra é um título de Jesus Cristo. (1Pe 2:4).   O apostolo Paulo escrevendo aos coríntios disse que precisamos entender as vozes do mundo e o seu significado. (1Co 14:10). Então podemos dizer que este espaço é muito pequeno para tantas lições que precisamos aprender com as passagens bíblicas. Vamos tentar condensá-las.
 
FOGO
1- Deus é fogo consumidor (Dt 4:24), no sentido de ser zeloso (Ex 20:5), 2- Sua presença nos sacrifícios, e holocaustos (Gn 15:17; 1Rs 18:38). 3- Pode ser a perseguição que o crente sofre. (Is 43:2b).  4- Pode ser Juízo de Deus. (2Pe 3:7).  Etc...
 
MUNDO
1-  Humanidade - "Deus amou o mundo de tal maneira..." (Jo 3:16).  2- A vantagem material que desperta a cobiça. (Mt 16:26a). 3- As coisas corrompidas pelo pecado. (1Jo 2:15, 17).
 
VENTO
O poder de Deus é comparado ao vento ou manifestado por ele. Um forte vento operou a abertura do mar para os israelitas passarem (Ex 14:21). Deus emprega "os quatro ventos" para ajuntar os filhos de Israel na sua glória futura (Ez 37:9).  O vento também simboliza doutrinas errôneas, falsas. (Ef 4:14).
 
 
FERMENTO
É sempre usada esta palavra na bíblia com o sentido de maldade, influencia contraria a santidade, ou seja, coisa que estraga o ambiente espiritual. Na comemoração da páscoa, os judeus por ordem divina, tiravam todo fermento da casa, e durante sete dias quem comesse pão levedado era cortado de Israel (Ex 12:15). Também  nas ofertas de manjares não era permitido o fermento (Lv 2:11). Jesus recomendou aos discípulos que se guardassem do fermento dos fariseus e dos saduceus. (Mt 16:6-12).
 
TIPOS  HUMANOS  DE  JESUS CRISTO
"Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais." (Hb 8:5a).

Adão
Como primeiro homem na historia da humanidade, "é figura daquele que há de vir"  (Rm 5:14c). Cristo é o primeiro da nova criação. Pela ofensa de um só morreram muitos, muito mais a graça, o dom pela graça abundou por um só homem, Jesus Cristo (Rm 5:15).

Abel (vaidade)
Foi pastor de ovelhas- Jesus é o bom pastor;
Foi morto por inveja - Jesus foi também entregue por inveja;
Foi morto inocente   -  Jesus foi morto sem ter culpa;
O sangue de Abel falou - O de Jesus fala até hoje.
 
Melquisedeque
Cremos que este era descendente de Abraão e Noé; sua genealogia é desconhecida até nossos dias, cremos que é Deus que não a quer revelar. Para ser sacerdote a pessoa tinha que ter esse princípio, e os judeus não o aceita como sacerdote de Deus, mas a Abraão o aceitou e em (Hb 7:1), fala sobre ele como tipo de Jesus.

Isaque
Filho da promessa, e único = Jesus também;
Nascimento sobrenatural = idem;
Foi oferecido em sacrifício = idem;
No casamento um servo fiel = aqui é o Espírito Santo quem prepara, foi providenciar a noiva para ele.   
                  
José
Amado pelo pai = Jesus também;
Odiado pelos irmãos = idem;
Enviado pelo pai = idem;
Vendido = idem;
Tentado e venceu = idem;
Preso entre dois prisioneiros = idem;
Levantado e exaltado = Jesus idem;
Com trinta anos começou o ministério = idem; 
A noiva não hebréia = idem;
Todos os povos abençoados = idem;  
por causa dele.           
Podemos ainda destacar, Benjamim, Moises, Boaz, Davi, Jonas.
 
TIPOS  NÃO  HUMANOS  DE  JESUS CRISTO
Luz = Luz do mundo;
Arca de NOÉ = O único caminho para salvação do dilúvio; 
Cordeiro = O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo;
A escada de Jacó = A saída preparada por Deus, o escape;
O Cordeiro Pascal = Cristo nossa Páscoa;
A coluna de fogo = Jesus adiante do povo, como pastor, guiando;
A rocha de Horebe = Jesus foi ferido pelo juízo de Deus para nos dar água.
A serpente de metal = Jesus também foi levantado por nós.
A estrela = Para guiar os salvos.   
 
A  AUTORIDADE  DA  BÍBLIA
Poderiam ser apresentados muitos argumentos racionais a favor da autoridade da Bíblia, mas em última análise aceitamos a autoridade que se baseia na fé.  Consideramos a Bíblia como a Palavra de Deus a reclamar para si própria uma autoridade decisiva. Nada obstante que nela depositemos toda a confiança, aceitando essa Palavra e a autoridade que nela implica.
 
É na Bíblia que frequentemente se alude ao fato de se tratar de uma mensagem diretamente outorgada por Deus. Diz-se, por exemplo, que Moisés recebeu de Deus não só as tábuas da lei, mas ainda outras recomendações rituais relativas à manutenção do tabernáculo ou sobre os cuidados a ter com o povo de Israel. É também notória a insistência dos profetas em afirmarem que não são autores daquilo que pregam, mas se trata de uma mensagem recebida de Deus.   Jesus Cristo falou com autoridade porque tinha a consciência de agir como Filho Eterno de Deus, e não apenas como pregador vulgar.    A Bíblia é a Palavra de Deus, ela é uma obra completa onde não há contradição, procure observar que no Novo Testamento apenas não são citados oito livros do Antigo Testamento: Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes, Cantares, Obadias, Naum, e Sofonias.
 
TEORIAS CONTRÁRIAS A AUTORIDADE DA BÍBLIA
A doutrina estabelecida pelo concílio de Trento (1545-1563) é defendida até hoje por muitos teólogos romanos modernos. Aparentemente a igreja católica aceita a Bíblia de uma maneira parecida com a ortodoxa, porém três questões se levantam e evidenciam o seu erro. a- Ela afirma que na Bíblia devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim, esses livros teriam o mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais;    b- Supõe-se que o texto das Escrituras Sagradas é demasiado obscuro e de difícil interpretação. Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso de dúvida; c- Eles não consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição derivada diretamente dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.
 
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
A palavra revelação vem do grego apokalypsis e significa literalmente o ato de desvendar alguma coisa oculta, para que possa ser vista e reconhecida como ela é.

Podemos falar acerca da revelação tomando-a em dois sentidos:

Revelação no sentido ativo: é a atividade de Deus, enquanto se dá a conhecer aos homens. 

Revelação no sentido passivo: é o próprio conhecimento que é comunicado aos homens.   
A história de Israel, como nação, sua religião, bem como a igreja, foi o resultado evidente da revelação Divina. Vemos referências abundantes à revelação de 

Deus nas páginas das Escrituras: Deus revelou-se na aliança efetuada com Abraão: "Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti a tua descendência no decurso das suas gerações’’ Gn 17:7.

Deu a Israel a sua lei:  "Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus eu vos falei’’ Ex 20:22.
 
Podemos Considerar Alguns Exemplos de Revelação Dada Por Deus:
1- Original
A Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este pudesse conhecer, amar, servir, e glorificar a sua pessoa. Segundo o relato bíblico, Adão no Éden tinha um conhecimento de Deus que transcende ao nosso entendimento e ao nosso conhecimento. A narrativa da criação mostra dentre outras coisas, que Deus se revela particularmente às suas criaturas. O homem ainda hoje mesmo derrotado, e dominado pelo pecado, sente em seu próprio ser que Deus existe.

2- Redentora
Por causa do pecado o ser humano perdeu a possibilidade de aprender e compreender o testemunho interior ou o da criação. Por isso, Deus se manifesta através de uma revelação especial operada pelo Espírito Santo, dentro do homem, fazendo-o voltar-se para ELE.

3- Verbal
Através de Jesus Cristo o homem tem consciência da vontade de Deus para a sua vida. A encarnação de Cristo como verbo de Deus é a mais completa das revelações, e, no entanto, é da mais difícil compreensão por parte dos homens. Em Atos dos Apóstolos a revelação verbal manifestou-se de múltiplas maneiras, tais como: visões, sonhos, inspirações proféticas que iam da meditação ao êxtase, etc...   

4- Bíblica
O plano de Deus era para o fundamento da fé pessoal, um guia para o cristão, um manual para a igreja, e grandes maravilhosos exemplos, faz da Bíblia um livro completo no sentido de revelar Deus aos homens. O que diferencia a Bíblia de qualquer outro livro é a sua inspiração divina.
 
DIFERENÇA ENTRE REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
Revelação
Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que, por si só, o homem não poderia conhecer.

Inspiração
O Espírito Santo age como um sopro sobre os escritores, capacitando-os a  receber  e  transmitir  a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor nesse caso pôde valer-se de outras evidências ou qualquer outro material.

Exemplo
Moisés escreveu o Gênesis, recebendo-o por visões, sonhos, ou mesmo pelo próprio Deus. Temos então REVELAÇÃO.  Mas, se ele usou de escritos anteriores, incluindo a tradição, desde que usado pelo Espírito Santo, temos a INSPIRAÇÃO.   A palavra inspiração significa normalmente uma influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os autores bíblicos, garantindo que aquilo que escreveram era precisamente o que Deus pretendia que eles escrevessem para a transmissão da verdade divina, podendo por isso, dizerem realmente "inspirados’’ou literalmente "soprados’’ por Deus’’  (2Tm 3:16).
 
 
 
TEORIAS FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
1- Inspiração Natural
Esta  ensina  que  a  Bíblia  foi  escrita  por  homens  talentosos  como  Sócrates, e  outros  tantos escritores e poetas.
"O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua  palavra está na minha língua" (2Sm 23:2).
2- Inspiração Comum
Ensina que da mesma maneira como os escritores da Bíblia foram inspirados, ainda hoje o somos. Quando oramos, cantamos, ou ensinamos a Palavra, estamos inspirados por Deus.
3- Inspiração Parcial
Ensina que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. É essa a teoria que afirma que a Bíblia contém em parte a Palavra de Deus. Traz confusão, pois como iríamos saber qual a parte inspirada e a que não tem inspiração!
4- Inspiração Verbal
Ensina que Deus ditou para os  escritores  aquilo  que  queria  que  fosse  escrito. Nessa  teoria,  os homens  funcionaram apenas  como  máquinas ou computadores.  Sabemos que Deus usou apenas as  faculdades  mentais  dos  homens,  mas,  deixou  livre   a  sua racionalidade,   os   seus  estilos, atividades, etc... 
5- Inspiração das ideias
Ensina que Deus inspirou as ideias, mas não as palavras. Essas ficaram a cargo do escritor. Se a palavra é a expressão da ideia, não podemos separá-las. A inspiração da Bíblia, além de pensada, foi também falada. "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.’’  (1Co 2:13)
 
TEORIA CORRETA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
A Teoria da Inspiração Plena é a que ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas. Os escritores foram capacitados pela cooperação vital, e contínua do Espírito Santo. Os homens escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob a influência do Espírito, o que escreveram foi realmente a Palavra de Deus. 
 
Depois de ter sido escrito o último livro do Novo Testamento, a inspiração plena cessou. Ninguém mais pode dizer inspirado no mesmo sentido dos escritores da Bíblia. Foi uma inspiração especial para que fosse produzido o Livro dos livros, o Livro de Deus.  
   
Materiais Usados Para os Escritos Bíblicos
1- Pedra
 Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamento escritos em tábuas de pedra (Êx 31:18, 34:1,28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 a. C).
2- Argila
O material de escrita predominante na Assíria, e Babilônia era a argila, preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um forno ou  seca  ao  sol. Milhares  desses tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
3- Madeira
Tábuas  de  madeira  foram  bastante  usadas  pelos  antigos  para  escrever.
 Durante   muitos  séculos  a  madeira  foi  a  superfície  comum  para escrever entre os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.
4- Couro
Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre peles de animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo Testamento foi escrito em couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam de alguns metros a 30 perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70cm de altura, eram enrolados em um ou dois pedaços de pau.
5- Papiro
É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o material de escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras seções delgadas de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas. Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa prensa, a fim de aderirem uma às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados colocando juntas as folhas. Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.
6- Velino ou Pergaminho
Velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de Pérgamo (197-158 a.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o seu suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo para o tratamento de peles. O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os termos sejam usados intercambiavelmente, o velino era preparado originalmente com a pele de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras. Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e cuidadosamente para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material foi utilizado centenas de anos antes de Cristo e, por volta do século IV a.D., ele suplantou o papiro. Quase todos os manuscritos conhecidos são em velino.
 
A FORMAÇÃO DO CÂNON
A palavra Cânon vem do hebraico caneh, é de origem semítica e originalmente significava "instrumentos de medir’’, passou a ser usada para designar a lista de livros reconhecidos como a autêntica, original, inspirada e autorizada Palavra de Deus, diferenciando-os de todos os outros livros como "regra’’ de fé. 
Bem cedo na história, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio da Sua  revelação ao homem: Os Dez Mandamentos escritos em pedra, (Ex 31:18, Dt. 10:45), Deus mesmo escreveu nas duas tábuas e as deu a Moisés como testemunho da aliança entre Ele e Israel.      
 
1-  O LIVRO SAGRADO
Estamos estudando sobre o livro mais importante do mundo. Livro por excelência, o mais vendido e lido em todo o mundo; o maior best-seller de todos os tempos. Falamos das Escrituras Sagradas, ele é um manancial de bênçãos para  todas as pessoas, sejam: sábios, leigos, ricos, pobres, raças, tribos, nações, e línguas. Todos podem ser abençoados e alcançados por este livro maravilhoso, visto que:
Para o mudo ele é a boca;
Para o cego a visão;
Para o perdido o caminho;
Para o sedento a fonte de água;
Para o marinheiro a bússola;
Para o viajante o mapa;
Para o enfermo o remédio;
Para o desesperado a esperança;
Para o triste a alegria;
Para o infeliz a felicidade;
Para o condenado a salvação;
Para o prisioneiro a liberdade;
Para os salvos ele é tudo, pois nele que encontramos a Palavra de Vida Eterna, nele nós encontramos o caminho que conduz ao céu. Nele nós aprendemos a amar ao Deus Pai, ao Deus Filho, e ao Deus Espírito Santo. É através deste livro que aprendemos que sem Deus nada podemos fazer. (Jo 15:5).   
Um dia estávamos perdidos, mas através deste livro, encontramos o caminho. Estávamos com sede e descobrimos nele a fonte de água viva. Foi este livro que nos orientou a buscar respostas certas para todas as nossas dúvidas. Estamos falando da  BÍBLIA SAGRADA.  Do vocábulo grego "bíblos", temos o plural "Bíblia’’, que quer dizer livros. Daí o nome da nossa Bíblia,  um sinônimo de Bíblia é "As Escrituras’’, do grego ta "gramata ou hai graphai" como vemos nos textos:
1- Perguntou-lhe Jesus: nunca lestes nas Escrituras’’ (Mt 21:42).
2- Ainda que não lestes esta Escritura: A pedra... ’’(Mc 12:10) 
 
ESTRUTURA DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento; (hebraico e grego diatheke), que significa: Aliança, concerto ou testamento.  Contém  66 livros divididos em duas partes, sendo:    
Antigo Testamento: 39 livros assim divididos:
Os cinco (05) primeiros, os Livros da Lei, são chamados Pentateuco, escritos por MOISÉS, inspirado pelo Espírito Santo, após tudo já ter acontecido e são eles:  Gênesis (Gn), Êxodo (Ex), Levítico (Lv), Números (Nm), Deuteronômio (Dt).
 
Os Livros Históricos São Doze (12):
Josué (Js), Juízes (Jz), Rute (Rt), 1º Samuel (1Sm), 2º Samuel (2Sm), 1º Reis (1Rs), 2º Reis (2Rs), 1º Crônicas (1Cr), 2º Crônicas (2Cr), Esdras (Ed), Neemias (Nee), Ester (Et). 
Os Livros Poéticos São Cinco (05): 
Jó (Jó), Salmos (Sl), Provérbios (Pv), Eclesiastes (Ec), Cantares de Salomão (Ct).
São assim chamados devido ao seu gênero de seu conteúdo, também chamados Devocionais.  
Os Livros Proféticos São Dezessete (17)
Divididos em dois grupos Profetas Maiores e Profetas Menores. São assim chamados devido a quantidade de escritos de cada profeta.
Profetas Maiores São Cinco (05): 
Isaías (Is), Jeremias (Jr), Lamentações de Jeremias (Lm), Ezequiel (Ez), e Daniel (Dn).
Profetas Menores São Doze (12): 
Oséias (Os), Joel (Jl), Amós (Am), Obadias (Ob), Jonas (Jn), Miquéias (Mq), Naum (Na), Habacuque (Hc), Sofonias (Sf), Ageu (Ag), Zacarias (Zc), e Malaquias (Ml).
O Novo Testamento Contém Vinte  Sete (27) 
Assim divididos:
Os quatros primeiros são chamados Os Evangelhos, são livros Biográficos e falam da descendência, nascimento virginal, vida, ministério, morte, ressurreição, e ascensão de JESUS. 

São Eles: 
Mateus (Mt), Marcos (Mc), Lucas (Lc), João (Jo).
 
Livro Histórico, Um (01): 
Atos dos Apóstolos: que conta a história do nascimento da igreja. E do derramamento do Espírito Santo, podíamos chamá-lo Atos do Espírito Santo.

Epístolas são Vinte e Uma (21) 
Cartas de vários escritores, quem mais escreveu epístolas foi o apóstolo Paulo (13):

São Elas:
Aos Romanos (Rm), 1Coríntios (1Co), 2Coríntios (2Co), Aos Gálatas (Gl), Aos Efésios (Ef), Aos Filipenses (Fp), Aos Colossenses (Cl), 1 Tessalonicenses (1Ts), 2Tessalonicenses (2Ts), 1Timóteo (1Tm), 2 Timoteo (2Tm), Tito (Tt), Filemon (Fm), Hebreus (Hb), Tiago (Tg), 1Pedro (1Pe), 2Pedro2 (Pe), 1João (1Jo), 2João (2Jo), 3João (3Jo), Judas (Jd) (irmão de Jesus).
 
Livro Profético, um (01): 
Apocalipse (Ap).

O Antigo Testamento Contém: 
39 livros;                                                                                    
929 capítulos;                                                                       
23214 versículos;                                                             
592.439 palavras;                                                            
2.728.100 letras;                                                                  
O livro do meio: é Provérbios;                   
O capítulo do meio:  Jó 39;                  
O livro menor: Obadias;                                                
O menor versículo: Êxodo 20:13, e Deuteronômio 5:17; 
O maior versículo da bíblia  Ester 8:9.
 
O Novo Testamento Contém:
27 livros;
260 capítulos;
7.959 versículos;
181.253 palavras;                                                          
838.380 letras;
O livro do meio: 1Tessalonicenses;
O capítulo do meio: Romanos 13, 14;
Livro menor: 3João;       
Versículo menor: Lc 20:30.
 
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A BÍBLIA
Quantas letras tem a Bíblia?
A Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras.
 
Quantos versículos tem a Bíblia?
A Bíblia, na tradução de Almeida Revista e Corrigida, possui 31.105 versículos (o maior é Et 8.9; o menor é Êx 20.13).
 
Quantos capítulos tem a Bíblia?
A Bíblia conta com 1189 capítulos.
 
Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem?
A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França.
 
Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?
A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor francês chamado Robert d’Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no ano de 1551. D’Etiénne morava então em Gênova, na Itália.
 
Qual (is) a(s) primeira(s) Bíblia(s) completa(s) publicada(s) com a divisão de capítulos e versículos?
Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suiça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. (Hoje, as notas históricas dos estudiosos protestantes de Genebra agregadas a novas notas de estudo podem ser encontradas em um recente lançamento da Sociedade Bíblica do Brasil: a Bíblia de Estudo de Genebra.) Em Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.
 
Toda a Bíblia Sagrada Contém:
66 livros;
1.189 capítulos;
31.173 versículos;
773.692 palavras;
3.566.480 letras;
Capítulo do meio: Salmos 117;
Livro menor: 3João;
Versículo menor: Lc 20:30;
Versículo maior Ester 8:9.
 
Analisemos Um Pouco a Diferente Bíblia Católica
Nas Bíblias de edição Católica-Romana, os livros 1 e 2Reis, são chamados de 1 e 2 Paralipômenos, Esdras e Neemias são chamados de 1 e 2Esdras. Também nas edições católicas de Matos Soares, e Antonio Pereira Figueredo o Salmo 9, corresponde na versão João Ferreira de Almeida aos Salmos 9 e 10. O Salmo 10 é o nosso de número 11, e assim segue-se até ao Salmo 145, o 146 e 147 correspondem ao nosso 147.  Os últimos três Salmos são iguais em todas as Bíblias. Essa diferença não afeta o conteúdo, pois é a Palavra de Deus.
 
A Bíblia Católica Possui Sete Livros a Mais Que a Nossa
1- Tobias - Após o livro de Esdras;
2- Judite - Após o livro de Tobias;
3- Sabedoria de Salomão - Após o livro de Cantares;
4- Eclesiástico - Após o livro de Sabedoria de Salomão;
5- Baruque - Após o livro de Jeremias;
6- 1º Macabeus;
7- 2º Macabeus.
 
Em que língua foi escrita a Bíblia?
1)  HEBRAICO - Quase todos os 39 Livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico. As letras tipo bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras, frases ou parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados mais tarde (entre 500 e 600 a.D.) pelos eruditos massoretas. O hebraico é conhecido como um dos idiomas semíticos.
 
2)  ARAMAICO - Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua comum na Palestina depois do cativeiro babilônico (500 a.C.) Algumas partes do antigo Testamento foram escritas nesse idioma: uma palavra designando nome de lugar em Gênesis 31:47; um versículo em Jeremias 10:11; cerca de seis capítulos no Livro de Daniel (2:4b - 7:28); e vários capítulos em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26). Aramaico continuou sendo o vernáculo da Palestina durante vários séculos. Temos assim algumas palavras aramaicas preservadas para nós no Novo Testamento: Talitha Cumi ("Menina, levanta-te"), em Marcos 5:41; Ephphatha ("Abre-te"), em Marcos 7:34; Eli, Eli lama sabachthani (Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?), em Mateus 27:46. Jesus se dirigia habitualmente a Deus como Abba (aramaico, Pai). Note a influência disto em Romanos 8:15 e Gálatas 4:6. Outra frase comum dos primeiros cristãos era Maranatha (Vem, nosso Senhor), em 1Coríntios 16:22.
 
3)  GREGO -  Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego - grego Koinê. A mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma predominante do século I, tornando assim possível a divulgação do evangelho através de todo o mundo então conhecido.
 
QUEM ESCREVEU A BIBLIA?
Aproximadamente quarenta (40) autores escreveram a Bíblia, em quinze (15) séculos, os autores viveram em épocas diferentes e tinham modo de vida também diferentes, cada um escreveu em situações diferentes, por exemplo: Davi escreveu em meio as guerras, Salomão dentro de seu palácio, Moisés no deserto, Jeremias nas masmorras,  Paulo atrás das grades...
Eram pessoas de diferentes classes sociais, por exemplo: Davi e Salomãoeram reis e poetas;
Jeremias e Zacarias sacerdotes e profetas;
Daniel era Ministro de Estado;
Lucas era Médico;
João, Pedro, Tiago eram Pescadores;
Amós era homem do campo, cuidava do gado;
Mateus era Funcionário Público;
Paulo era Teólogo e Erudito.
Mesmo com tantas divergências na vida destes homens, a Bíblia é a mais perfeita obra feita pelas mãos do homem, pois nela não há erros, ou parcialidade, ela foi escrita por inspiração de DEUS.  O Antigo Testamento se encontra, e se completa no Novo Testamento.
 
RAZÃO E NECESSIDADE DA BÍBLIA
Deus se revelou através dos tempos por meio de suas obras, isto é, a criação. "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo...Os céus manifestam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos..." (Rm 1:20, Sl 19:1-6), porém na Palavra de Deus temos uma revelação especial e muito maior. É dupla esta revelação e a temos de duas maneiras:
1- Na Bíblia a Palavra Escrita;
2- Em Cristo a Palavra Viva.
 
A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS
É a própria Bíblia que nos traz passagens que desenvolvem em nós o desejo a necessidade de estudá-la.  a)- ...  "Santificai a Cristo, como o Senhor em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós’’ (1Pe 3:15). (esse preparo vem pelo estudo das escrituras).  b)-  ‘‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15). c)-  "Buscai no livro do Senhor, e lede, nenhuma destas coisas falhará, nem uma, nem outra faltará, porque a boca do Senhor a ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará’’ (Is 34:16). d)-  "A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.’’ (Sl 119:130).

O estudo destes versículos nos conduz a dois pontos importantes que são:
a)- Porque devemos estudar a Bíblia;      
b)-    Como devemos estudar a Bíblia.
Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor. O crente foi salvo para servir ao Senhor "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.’’ (1Pe 2:9). Entre as promessas de Deus àqueles que conhecem devidamente a sua palavra, temos a do profeta Isaías que diz: "Assim será a palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo que a designei’’ (Is 55:11).
 
ELA ALIMENTA NOSSA ALMA
"Jesus, porém respondeu e disse, está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus.’’(Mt 4:4).
 
"Achando as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, oh! Senhor Deus dos Exércitos.’’ (Jr 15:16).
 
"Desejai ardentemente como criança recém nascida, o genuíno leite espiritual, para que por ele, vós seja dado crescimento para salvação.’’ (1Pe 2:2).
 
Não há dúvida que a leitura da Palavra de Deus traz nutrição para o crescimento de nossa vida espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão para o corpo. Nas passagens citadas ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de (1Pe 2:2), fala do intenso apetite dos recém nascidos assim deve ser o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite pela a Bíblia é sinal de saúde espiritual.
 
ELA É O INSTRUMENTO QUE O ESPIRITO SANTO  USA
"Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus’’ (Ef 6:17).  Se em nós houver abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá o instrumento para operar. É preciso, pois meditar nela.  "Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e nela medita dia e noite.’’ (Sl 1:2). "Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite... ’’(Js 1:8). É preciso deixar que ela domine todas as esferas de nossa vida, nossos pensamentos, nosso coração, e assim molde todo nosso viver  diário. Precisamos ficar alimentados da Palavra de Deus.  Um requisito primordial para Deus responder nossas orações é estarmos possuídos pela sua Palavra. Aqui está em parte a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse pela Palavra de Deus.  "Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós, pedireis tudo, e vos será concedido’’ (Jo 15:7). Três fatos nos chamam a atenção aqui:

1º- na oração precisamos apoiar a nossa fé nas promessas de Deus, e estas estão na Bíblia;
2º- Por sua vez a Palavra de Deus produz fé em nós (Rm 10:17);
3º- Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14), e o meio de saber a vontade de Deus é a sua Palavra.
 
ELA ENRIQUECE ESPIRITUALMENTE A VIDA DO CRISTÃO (Sl 119:72)
Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito Santo "Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda o Espírito de sabedoria e revelação no pleno conhecimento DELE’’ (Ef 1:17). A pessoa que procura entender a Bíblia somente através da capacidade intelectual, muito cedo desistirá da leitura. Só o Espírito de Deus conhece as coisas de Deus. (1Co 2:10)  
          
COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
Leia a Bíblia conhecendo o seu autor 
Isto é muito importante, é o único livro que você lê, com o autor te auxiliando, presente na leitura.
 
Leia a Bíblia diariamente (Dt 17:19)
É estimado que 90% dos crentes não fazem este exercício diariamente, por isso não podemos estranhar haver tantos frios nas igrejas. Mais do que isso, são anões, raquíticos, mundanos, carnais, e indiferentes, nervosos, iracundos e sem crescimento espiritual.  Assim Deus não nos revelará as suas verdades profundas (Jo 16:12; Hb 5:13; Mc 4:33). Existem pessoas que acham tempo para tudo, menos para ler a Bíblia. Alimentam-se de tantas outras coisas que se enfadam e não se nutrem da Bíblia. Não podemos esquecer que muitos líderes de muitas igrejas não levam o povo a ler a Bíblia. Não basta ir aos cultos, nem só ouvir lindos sermões, comer o que lhe derem na boca, é necessário urgente voltar para a leitura da Palavra de Deus. Pois assim se ninguém lhe der de comer morrerás por falta de nutrição espiritual.
 
Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual
Para obter êxito na leitura da Bíblia, para guardar em todo o momento é necessário tomar algumas precauções, tais como: a- Estudá-la como  Palavra de Deus e não como obra literária; b- Estudá-la com o coração e atitude devocional, e não apenas com o intelecto.   As riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor, "Pelo que rejeitando a imundícia e toda superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas’’. (Tg 1:21). Quanto maior for nossa comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais repletos de frutos são os que mais se abaixam. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do seu ensino, aceitá-lo, praticá-lo e ensiná-lo. A dúvida ou descrença, cega o leitor. "E ele lhes disse: Oh!  Néscios e tardos de coração para crer em tudo aquilo que os profetas disseram’’ (Lc 24:25).
 
Leia a Bíblia devagar e meditando
Assim fizeram os grandes nomes da Bíblia "Bendito és tu, oh! Senhor; ensina-me os teus estatutos. Desvia os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei’’ (Sl 119:12,18). Na presença do Senhor, em oração, as coisas incompreensíveis passam a ser compreendida. "Quando pensava em compreender isto, fiquei sobre modo perturbado. Até que entrei no santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.’’ (Sl 73:16,17). A meditação aprofunda o sentido. Muitos lêem a Bíblia para estabelecer recordes de leitura somente. Ao lê-la aplica-a primeiro em si próprio, senão, não haverá virtude nenhuma.
 
Leia a Bíblia toda
Há nisso uma riqueza incomparável, é a maneira única de conhecermos a verdade completa do que trata a Bíblia. A revelação de Deus é progressiva, como entender um livro se não completou a leitura deste. Não existe ainda no mundo algo tão incomparável como este livro. Nada o substitui, e nada se iguala. "As profundidades das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos. Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? (Rm 11:33, 34, 1Co 13:12, Dt 29:29). Muitos começam a ler a Bíblia e param no meio do caminho, não persistem, não buscam em Deus os recursos necessários para prosseguir. É o Espírito Santo quem revela para nós, o que não entendemos.
 
O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia, ela é CRISTOCENTRICA, foi ELE que disse: "São estas palavras que vos disse estando ainda convosco, que convinha que cumprisse tudo que de mim estava escrito na lei, nos profetas, e nos salmos.’’ (Lc 24:44). E também, "Examinai as escrituras, porque vos cuidais ter nela as palavras de vida eterna, e são elas que de mim testificam.’’ (Jo 5:39).
Se observarmos bem ao estudarmos a Bíblia veremos tipos, figuras, símbolos, profecias que falam apontam para Jesus em todo Antigo Testamento:
a)- Em Gênesis ELE é a semente da mulher;  b)- Em Êxodo ELE é o cordeiro pascoal;  c)- Levítico, sacerdote expiatório; d)- Números, a rocha ferida;  e)- Deuteronômio, o profeta; f)-  Josué,  o capitão dos exércitos;   g)- Juízes,  o libertador; h)- Rute, o parente divino;  i)- Reis e Crônicas, o rei prometido;
j)- Ester, o advogado;  k)- Jó, o nosso redentor que vive; l)- Salmos, o nosso socorro e alegria; m)- Provérbios, a sabedoria de Deus; n)- Cantares de Salomão, o nosso amado; o)- Eclesiastes, o alvo verdadeiro; p)- Nos profetas, o messias prometido; q)- Nos evangelhos, o salvador do mundo; r)- Atos, o Cristo ressurgido e poderoso; s)- Nas epístolas, o cabeça da igreja; t)- Apocalipse, o Alfa e o Omega, o Cristo que volta para reinar.
 
Se cremos que Jesus é o centro da Bíblia, podemos definir os 66 livros em quatro partes:
1- Preparação: todo o Antigo Testamento trata da preparação do nascimento de Jesus. (Mq 5:2). 2- Manifestação: Os evangelhos tratam da encarnação, manifestação, e vida de Jesus. (Lc 1:28; Jo 1:1). 3- Explanação: As Epístolas dão a explanação da doutrina de Jesus. 4- Consumação: O Apocalipse trata da consumação de todas as coisas preditas através de Jesus.
 
A PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
Ainda que aceitemos a harmonia e a unidade da Bíblia como prova contundente de que ela é divinamente inspirada, faz se necessário dar outras provas dessa natureza, vejamos:
a) Jesus aprovou a Bíblia:
Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; crêem que ELE fez milagres, confiam na sua ressurreição e ascensão, mas não aceitam a Bíblia.    
Jesus em relação à Bíblia:
1- Leu: Lc 4:16-20;
2- Ensinou: Lc 24:27;
3- Chamou-a... "Palavra de Deus...’’ Mc 7:13;
4- Cumpriu a Bíblia: Lc 24:44.
b-  O testemunho do Espírito Santo na vida do crente 
A cada pessoa que aceita Jesus como salvador, o Espírito Santo põe em sua alma a certeza quanto a autoria da Bíblia. É uma coisa automática. Não seria necessário ensinar isso, quem de fato aceita a Jesus, aceita a Bíblia num todo como a Palavra de Deus. "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.’’ (Jo 17:17). E ainda "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.’’ (Rm 8:16). c-  O cumprimento fiel das Profecias da Bíblia.   Inúmeras profecias da Bíblia se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; várias   outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras cumprir-se-ão daqui para frente. As profecias sobre o Messias, por exemplo, proferidas séculos antes do Seu  nascimento,  cumpriram  literalmente com toda  precisão  quanto  ao  tempo,  local  e   outros  detalhes. (Gn 49:10;   Is 7:14; 53;  Dn 9:24-26; Mq 5:2; Zc 9:9; Sl 22; etc). O cumprimento contínuo das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem  divina. O  que  Deus disse sucederá, Jeremias 1.12. Graças a Deus por tão sublime e glorioso livro!                                   
 
Observemos que a Bíblia é completa e maravilhosa, mas ainda podíamos dizer que ela é:
1- Sempre maravilhosa e inesgotável;
2- É familiar em cada povo;
3- Familiar em cada indivíduo;
4- Familiar em qualquer lugar;
5- É superior em relação a qualquer livro;
6- Nela contém apenas verdades;
7- Ela é imparcial;
8- Ela nos faz diferentes;
9- Ela influencia pessoas e nações;
10- Ela pode transformar o mundo.
 
DEVEMOS CONSIDERAR AO ESTUDAR A BÍBLIA 
a- Relação entre séculos e anos
Século I = 1 a 100 anos;
Século II = 101 a 200 anos;
Século III = 201 A 300 anos;
Século XX = 1901 a 2000 anos; 
Séculos XXI = 2001 a 2100 anos.  
b- A era antes de Cristo (a. C)
A contagem antes de Cristo é regressiva, isto é parte de Cristo para a criação, que se juntássemos tudo daria (4004 anos). Exemplo: o profeta Isaias pregou em mais ou menos 800 a.C, ou seja, após a pregação passaram-se 800 anos e nasceu Jesus. 
 
O  TEMPO  E  SUAS  DIVISÕES
1- O dia natural, ou seja, o período que há luz, entre os Judeus e os Romanos era contabilizado em 12 horas. (Jo 11:9), nos dias do Novo Testamento:
a- A hora primeira era as seis da manhã;  c- A hora sexta era ao meio dia; d- A terceira, e a sexta, e a nona hora, eram de oração, e adoração;  e- Antes da terceira hora os Judeus não comiam, nem bebiam. (At. 2:15).
2- No Antigo Testamento o dia (período de luz), era dividido em três tempos:
a- Manhã = 6 às 10 horas.
b- Calor do dia =10 às 14 horas.
c- Frescor da tarde =14 às 18 horas.
 
O dia civil era contado de um por do sol ao outro (Lv 23:32)
3- As noites no Antigo Testamento eram divididas em três vigílias.
a-  Primeira vigília = 6 às 10 que é igual a 18 às 22 horas.
b- Segunda vigília = 10 às 02 que é igual a 22 às 02 horas da manhã.
c- Terceira vigília = 02 às 06 da manhã (Lm 2:19, Jz. 7:19, Ex. 14:24).
4)- As noites no Novo Testamento eram divididas em quatro vigílias
a- Primeira = à tarde, 6 às 9 (18 às 21 horas).
b- Segunda = meia noite, 9 às 12 (21 às 24 horas). 
c- Terceira = cantar do galo, 24 às 03 horas.
d- Quarta = manhã, 03 às 06 horas.
                    
A VIDA, COSTUMES, CURIOSIDADES  DOS  POVOS BÍBLICOS
A vida com seus usos, costumes, e leis diferem entre os povos, vejamos alguns acontecimentos:
O juramento com a mão sob a coxa
Significava submissão, obediência, irrestrita. Por isso Abraão exigiu que seu servo o fizesse antes de buscar Rebeca (Gn 24). E Deus prosperou o caminho deles.
Rasgar as vestes (Gn 37:37).
Era  demonstração  de  luto, lamento, tristeza. A  Bíblia  traz  28  casos  relatados.  Havia  um  caso especial os  Sacerdotes  não  podiam  fazê-lo (Lv 10:6).  Porém  houve um caso em Mateus que um sacerdote rasgou as vestes sem razão (Mt 26:65).
Cavalgar sobre jumentas brancas (Jz 5:10).
Era então costume exclusivo dos Reis, Juizes, fidalgos sem exceção.
Semeadura de sal  (Jz 9:45)
Tal ato significava desolação perpétua sobre o local, castigo perene.
 
Maria desposada com José (Mt 1:8)
Na linguagem do antigo testamento, o termo significa noivos, conforme vemos em (Dt 20:7; 22:23-24). Naqueles tempos, em Israel, o noivado era ato seríssimo. E de fato o é, os noivos tinham responsabilidades como se fossem casados. Em Israel, o noivado era o primeiro ato do casamento. Na ocasião o noivo entregava a noiva o contrato de casamento, ou uma moeda escrita: "consagrada a mim.".
O vinagre oferecido a Jesus na cruz (Mt 27:48).
Tal procedimento era usado então para aumentar o sofrimento das vítimas, visto que aumenta as dores e faz sangrar as feridas.  
A ordem de Jesus: A ninguém saudeis pelo caminho (Lc 5:19)
Não se tratava de indelicadeza, o tempo que restava era pouco, e as saudações orientais  tomavam muito tempo, não somente devido a troca de expressões formais, mas também devido as poses que o corpo assumia. Se os enviados por Jesus fossem cumprimentar o povo segundo a maneira usual, ai do tempo.
O caminho de um sábado (At 1:12)
É o percurso permitido ao judeu caminhar no dia de sábado. Era o espaço da extremidade de um arraial das tribos, ao tabernáculo, quando no deserto, equivalente a 2000 côvados ou 1,200 metros (Jz 3:4). 
 
LIVRO DE SALMOS
É um dos livros poéticos, e podemos aprender muito com os escritores deste livro, vamos observar alguns detalhes importantes:
a- Davi escreveu: 73 salmos.
b- Asafe: 12;
4- Filhos de Core: 9;
5- Salomão: 2;
6- Etã, Hamã, e Moisés: 1 cada.
Tipos de Salmos
Didáticos (1, 15, 50, 94) - visavam instruir ao povo no caminho do bem e prosperidade espiritual.
Gratidão e louvor (30, 75, 105, 106, 146, 150) - falava da gratidão e louvor que o Salmista elevava a Deus.
Históricos (77, 81, 114, 137
- são  recordações  de  acontecimentos  e  incidentes  da história dos Judeus, envolvendo escravidão, êxodo, guerras, cativeiro, etc...
Imprecatórios (35, 58, 59, 109)
- a  palavra  imprecar   significa  pedir  a   Deus  que amaldiçoe alguém ou algo. Estes salmos são invocações de males contra os inimigos...
Salmos da lei (19 e 119) - Estes proclamam a grandeza e a bondade das palavras e decretos de  Deus. Salientam  as  bênçãos que aguardam aqueles que a praticam.
 
Salmos da natureza (8, 29, 104).
Estes falam do poder criador de Deus, manifesto no universo.  
Salmos de súplica (5, 17, 71, 86) - Através deste o salmista clama por socorro.
 
CRONOLOGIA DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BÍBLICA
Período antediluviano - 1656 anos (Gn 2:5).
Adão foi criado em 4004 a.C.
O dilúvio ocorreu em 2348  a.C.
Nesse tempo Babilônia era o berço da humanidade, atingindo elevado grau de civilização.
Período do dilúvio à dispersão das raças -100 anos
2348 a 2248  a.C.
Nascimento de Abraão 1996 a.C.
Período dos patriarcas Gn 12 a Ex 12 - 430 anos
Da chamada de Abraão ao Êxodo 1921 a 1491  a.C.
Chamada de Abraão 1921 a.C.
Do dilúvio a chamada de Abraão 427 anos.
Período no deserto, e conquista de Canaã (Ex 13; a Js 24).
Êxodo a chegada em Canaã 1491-1445  a.C.
Período no deserto  40 anos Nm 10:11; Dt 2:14.
Período da Teocracia = 345 anos (Jz 1 a  1 Sm 10).
Época de Juízes até Samuel 1445-1100 a.C.
Período da monarquia 120 anos (1053 a 933  a.C)
Esse período compreende apenas o reinado em Israel, sendo Saul, Davi, Salomão.
Período do reino dividido 350 anos (Israel e Judá 933 a 583  a.C).
Período que inclui cativeiro e restauração de Israel (583 a 432  a. C).
431 anos a. C até o Novo Testamento (do livro de Malaquias a Mateus), anos em que Deus ficou em silêncio não falou com o homem. Quando então foram criados os livros apócrifos, por inspiração humana.

Quem escreveu os livros da Bíblia?
Conferir tabela abaixo. Nem todos os escritores são conhecidos. O ponto de interrogação assinala este desconhecimento.
Quando os livros foram escritos?
Conferir tabela abaixo. Nem todas as datas são precisas ou conhecidas. O ponto de interrogação assinala esta imprecisão ou desconhecimento.
 
ANTIGO TESTAMENTO
LIVRO - ESCRITOR(ES) - DATA APROXIMADA
Gn-Moisés-séc. XIV aC.
Êx-Moisés-séc. XIV aC.
Lv-Moisés-séc. XIV aC.
Nm-Moisés-séc. XIV aC.
Dt-Moisés-séc. XIV aC.
Js-?-séc. XIV-XIII aC.
Jz-?-séc. XIII-XII aC.
Rt-?-séc. XIII-XII aC.
1Sm-Samuel e outros-séc. XI aC.
2Sm-Samuel e outros-séc. XI aC.
1Rs-?-séc. X-VI aC.
2Rs-?-séc. X-VI aC.
1Cr-?-séc. X-VI aC.
2Cr-?-séc. X-VI aC.
Ed-Esdras ou Neemias-séc. VI-V aC.
Ne-Esdras ou Neemias-séc. VI-V aC.
Et-?-séc. VI-V aC.
Jó-?-?
Sl-Davi e outros-séc. XII-V aC.
Pv-Salomão e outros-séc. X-IX aC.
Ec-Salomão-séc. X-IX aC.
Ct-Salomão-séc. X-IX aC.
Is-Isaías-séc. VIII aC.
Jr-Jeremias-séc. VI aC.
Lm-Jeremias-séc. VI aC.
Ez-Ezequiel-séc. VI aC.
Dn-Daniel-séc. VI-V aC.
Os-Oséias-séc. VIII aC.
Jl-Joel-séc. VIII-VII aC.
Am-Amós-séc. VIII aC.
Ob-Obadias-séc. VII-VI aC.
Jn-Jonas-séc. VII-VI aC.
Mq-Miquéias-séc. VII-VI aC.
Na-Naum-séc. VI aC.
Hc-Habacuque-séc. VII-VI aC.
Sf-Sofonias-séc. VII-VI aC.
Ag-Ageu-séc. VI-V aC.
Zc-Zacarias-séc. VI-V aC.
Ml-Malaquias-séc. VI-V aC.
 
NOVO TESTAMENTO
LIVRO – ESCRITOR (ES) - DATA APROXIMADA
Mt-Mateus-sec. I dC.
Mc-Marcos (e Pedro)-sec. I dC.
Lc-Lucas-sec. I dC.
Jo-João-sec. I dC.
At-Lucas-sec. I dC.
Rm-Paulo-sec. I dC.
1Co-Paulo-sec. I dC.
2Co-Paulo-sec. I dC.
Gl-Paulo-sec. I dC.
Ef-Paulo-sec. I dC.
Fp-Paulo-sec. I dC.
Cl-Paulo-sec. I dC.
1Ts-Paulo-sec. I dC.
2Ts-Paulo-sec. I dC.
1Tm-Paulo-sec. I dC.
2Tm-Paulo-sec. I dC.
Tt-Paulo-sec. I dC.
Fm-Paulo-sec. I dC.
Hb-?-sec. I dC.
Tg-Tiago-sec. I dC.
1Pe-Pedro-sec. I dC.
2Pe-Pedro-sec. I dC.
1Jo-João-sec. I dC.
2Jo-João-sec. I dC.
3Jo-João-sec. I dC.
Jd-Judas-sec. I dC.
Ap-João-sec. I dC.

O Que Vem a Ser Livros Sinóticos?
A palavra Sinópticos vem do grego sun, "junto com’’, e ópsis, "visão’’, dando a entender uma visão conjunta sobre algo, uma visão de um mesmo ângulo. Esse adjetivo é aplicado aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque seu ponto de vista sobre a vida de Cristo concorda e é praticamente o mesmo. Um grande fato relatado e serve de exemplo de sinótico para nós  é a passagem da conversa de Jesus com o jovem rico. Mt 19:16; Mc 10:17; Lc 18:18. Supõem os estudiosos que primeiro foi escrito Marcos e os demais são cópias, pois dos 661 versículos de Marcos cerca de 600 estão inseridos em Mateus, e 330 em Lucas. As diferenças são que Mateus escreveu para os Judeus, Marcos aos Romanos, e Lucas aos Gregos.  Obs: O evangelho de João foi escrito para a igreja, que somos nós.  
      
AS POTÊNCIAS MUNDIAIS DOS TEMPOS BÍBLICOS
O mundo dos tempos bíblicos viveu dominado por seis grandes potências mundiais. Cada uma dessas teve sua participação no plano divino, interferindo na história de Israel e contribuindo de certa maneira para a preparação do mundo para o advento de Cristo.
1- Império Egípcio
De 1600 a 1200 a.C. da Etiópia ao Eufrates, Dinastias XVIII e XIX, Israel estava no Egito, Canaã era província egípcia. O Egito foi fundado por Mizrain, filho de Cão, logo após o dilúvio (Gn 10:6,13).
2- Império Assírio
De 883 a 607 a.C. Destruiu  o Reino do Norte  (Israel),  em 721 a.C,  e  cobrou  tributo de  Judá. Levou o Reino do Norte em cativeiro (734-721 a.C). Eram cruéis  e  inspiravam  terror. A  Assíria foi fundada por Assur (Gn 10). Como Império Mundial a Assíria tem  mais  relação com  o  Reino do Norte (Israel).
3- Império Babilônico
De  606 a 536  a.C  Destruiu  Jerusalém  e  o  templo  de  Salomão. Levou Judá  em cativeiro.  Foi  Império  mundial  durante  o  tempo em que  Israel  esteve  cativo  (70anos). Enquanto  o  Império Assírio se  preocupou  com  o Reino do Norte, o Império Babilônico  preocupou-se  com  o  Reino  do  sul  (Judá).  Como  Império mundial teve seis reis.
4- Império Medo-Persa
De 536 a 331  a.C. Em 536 Ciro o Grande venceu a Babilônia e decretou a volta dos judeus, os quais voltaram a se organizar como nação.
5- Império Grego
Foi o Império que governou a Palestina entre os dois Testamentos 331 a 146 a.C. Alexandre, O Grande, foi tolerante e benevolente para com os judeus.
6- Império Romano
Império que governava o mundo quando cristo apareceu,  de 146 a.C   a  476 a.D. Nessa época a igreja foi fundada.  Mas conforme a visão que Deus deu a Daniel da estátua, esse seria o último Império mundial.
 
DISPENSAÇÕES
Nas Épocas vemos o homem em relação a Deus; nas dispensações vemos Deus em relação ao homem. Devemos ter em nossa mente que Deus não somente tem falado de muitas maneiras, mas também em diversos tempos. A falta de observância dos tempos, ou dispensações da Bíblia, podem nos conduzir a um caminho errado, criar dificuldades e ofuscar a verdadeira significação das Escrituras. O estudo das dispensações não deve ser compreendido dentro da rigidez histórica ou fatalista. Trata-se de uma tentativa de compreensão teológica da Bíblia, de acordo com os seus relatos.  Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado a respeito da sua obediência, a certa revelação da vontade de Deus.  

São Sete as Dispensações
1- Inocência  Gn 2:6 a 3:24
a- Palavra chave: inocência.  b- Propósito: provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em clima de perfeição e circunstâncias absolutamente favoráveis, bem como seu livre arbítrio, com capacidade para: pensar-intelecto; sentir-emoção; escolher-vontade.   c- Revelação:  pela palavra;   e  pela  presença. d- personagem principal: Adão, e Eva.  e- Concerto Divino: os quatro pontos da aliança Adâmica.  Encher a terra; comer do fruto da terra; guardar o jardim; não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal. f- Ato de desobediência: em relação a Palavra de Deus:  Dúvida; adição; contradição; falsa interpretação; tentação para desobedecer; transgressão. g- Julgamento Divino: Sobre a serpente;  sobre a mulher; sobre o homem.

2- Consciência Gn 3:1- 8:4 - (1656 anos)
a- Palavra chave: consciência.  b- Propósito: provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus num clima de liberdade, e segundo os ditames de sua própria consciência. c- Revelação: a redenção do homem. O sacrifício de Abel prefigura o sacrifício definitivo de Cristo, o cordeiro de Deus. (Ap.13:8; Hb 11:4; Gn 4:4).
d- Personagens principais: Enoque, e Noé. e- Concerto Divino: a fé em Deus. (Hb 11:4-7). f- Atos de desobediência: de Caim a Lameque, existe um aumento surpreendente, progressivo de desobediência, de modo a absorver a linhagem fiel, os filhos de Sete, levando o mundo da época a um estado de violência e apostasia.  g- Julgamento Divino: o juízo de Deus manifestou-se através do dilúvio que caiu sobre a terra. (Obs: a arca representa o refugio de Deus contra seu próprio juízo).

3- Governo humano (Gn: 8:15 a 11:32) (do dilúvio a dispersão)
a- Palavra chave: governo humano. b- Propósito:  provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus em um sistema de consciência. c- Revelação: a Palavra de Deus expressa a Noé, o homem que foi achado justo diante de Deus. d- Personagens  principais:  Noé, Sem, Cão, Jafé. e- Concerto Divino: Deus assinala o centro das Suas relações com  a criatura humana. Tal concerto inclui os seguintes postulados básicos: o povo deveria multiplicar-se; encher a terra; alimentar-se da carne; arco íris como sinal de aliança. f- Atos de desobediência.  Ninrode, neto de Cão, por Cush, criou o imperialismo e tentou unir o mundo incitando os homens a construir uma torre que chegaria até aos céus. (Gn 11:4; Ap 16:14- e 19:19). g- Juízo divino: a dispersão. Outra vez a trindade conferenciou entre si. (Gn 3:22, 6:7, 11: 5 e 7). A confusão de línguas em Babel foi o resultado.
 
4- Patriarcal (Gn 12:1 a Ex 12:37) Da chamada de Abraão ao Êxodo do Egito. Cerca de 630 anos
a- Palavra chave: promessa.
b- Propósito: levar Abraão e seus descendentes a terem fé em Deus e obedecerem a Jeová. Sua família seria  a nação escolhida, que se tornaria precursora do Redentor, o Messias da promessa de Gênesis 3:15.
c- Revelação: Deus apareceu a Abraão seis vezes:  Gn 12:1-3,7;  13:14,17;  15:1-21; 18:1-33; 22:1-8. Revelou-lhe Seus propósito e Sua vontade.
d- Personagem principal: Abraão.
e- Concerto divino: com Abraão Gn 12:2,3; 13:15; 15:1; 17:7.    com sua descendência Gn 15:4-17,19. 
f- Atos de desobediência: são três, desceu ao Egito contrário a vontade de Deus;  tomou Agar por mulher, o que resultou um mal até nossos dias; mentiu a Abimeleque.     
g- Juízo de Deus:  sobre o Egito. (Ex 7:14)
Obs: os 430 anos que Israel passou no Egito (Ex 12:40) foi um período do qual só se tem amargas recordações.
 
5- Da lei - Desde o Êxodo do Egito até a crucificação de Cristo. Sendo que Jesus foi o último homem a obrigado guardar a lei
a- Palavra chave: lei (aparece 516 vezes na Bíblia).
b- Propósito: testar a obediência de Israel, capacitando-os a se tornarem instrumentos e porta-voz da revelação de Deus numa preparação final para a vinda do Messias.
c- Revelação: a Bíblia apresenta uma tríplice revelação: Os dez mandamentos;  ordenanças;  cerimônias.
d- Personagens principais: Moisés, Arão, Josué, Samuel, Davi, e outros.
e- Concerto divino: os dez mandamentos (Ex 20).
f- Atos de desobediência. (Is 1: 11-17).
g- Juízo divino: há um duplo aspecto do julgamento divino no final desta dispensação: - os pecados de Israel e de outros povos, punidos e julgados na cruz (Jo  12:27-33; 19:16-30; At 2:36; Cl 2:14-17;  1ª Pe 2:24 ):   – como nação que rejeitou a Cristo, Israel foi punido com a rejeição de Deus, perda do Seu reino e dispersão milenar.( Mt 21:33-46; Lc 21:20-24).
 
6- Da graça -  Desde a crucificação até o arrebatamento da igreja. Visivelmente o inicio da igreja data do dia de pentecostes (ano 30) em Jerusalém 
a- Palavra chave: graça.
Não dispensa ordenanças. Há 1050 mandamentos no Novo Testamento.
b- Propósitos: chamar para fora do mundo um povo para o nome de Jesus (At 15:14-17; Mc 15:16; Ef 1:4-22).
c- Revelação: existem três aspectos da revelação de Deus:
Deus revela-se ao homem em forma do homem; a revelação do Espírito de Deus nos crentes; a revelação escrita, a Palavra de Deus. 
d- Personagem principal: Jesus Cristo.
e- Concerto divino:  feito pelo sangue de Jesus Cristo, seu pacto é extensivo a todos os homens de fé nesta dispensação. (Gl 3:15; Hb 9:12-20, 10:29; 1ª Pe 1:4).
f- Atos de desobediência: (Ap 22:15; 1ª Pe 4:17 ).
g- Juízo divino: Nota-se dois tipos de juízos.
h- A grande tribulação para o mundo;
i- O tribunal de Cristo, para os cristãos.
 
7- Milênio - Seu início se dará com a manifestação de Cristo e findará com a instalação do Grande Trono Branco ( Ap  20:11-15)
a- Palavra chave: regeneração (Mt 19:28).
b- Propósito: consumar todas as alianças feitas com o homem;  estabelecer a justiça e a paz na terra; exaltar a soberania universal de Cristo;  restaurar a posição de Israel como cabeça das nações e sede do governo Teocrático; exaltar os santos de todos os tempos; subjugar todos os inimigos do Senhor.
c- Revelação: governo pessoal de Deus. (Is 52:7; Lc 1:32-33).
d- Personagens principais: Jesus Cristo, a igreja, os Santos de todos os tempos e Israel.
f- Ato de desobediência: o principal ocorrerá no fim do milênio (Ap 20:7-9)
g- Concerto divino: o fim das dispensações os novos céus e a nova terra, e a continuação da eternidade. 
h- Juízo divino:  sobre satanás (Ap 20:10);  e sobre os homens. (Ap 20:11-15;  21:1-7).
 
"Então já não haverá noite, nem precisam eles de luz da candeia, nem a luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos’’ (Ap 22:5).
 
NOÇÕES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICA
Geografia Bíblica é a  parte  da  Geografia Geral  que  estuda as terras e  os  povos bíblicos, bem como a matéria de natureza geográfica, contida no texto bíblico, que de passagem se diga, é de fato, abundante.
 
A importância da Geografia Bíblica 
É de muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e compreensão da Bíblia. Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros tornam-se claros quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia. Um exame, mesmo superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras, povos, montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da Natureza.
 
O porquê dessa importância
1. A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso.
2. Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentar os mesmos. Através dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais expressivas. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar, mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jerusalém para Jericó") (Dt 1.7) (aí nós temos uma profunda aula de geografia da Terra Prometida.)
3. O estudo da  geografia  bíblica da  Palestina (Israel bíblico)  e  as nações circunvizinhas esclarecem muitos fatos e ensinos constantes das Escrituras.
4. As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista. Ler Dt 32:8; At 17:26.
 
Fontes de estudo da geografia bíblica
1. A Bíblia. É a fonte principal. Ela faz menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações, cidades. É evidente que isto merece um cuidadoso estudo. A Bíblia contém capítulos inteiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; Js 15-21; Nm 33, 34; Ez 45-47. Somente cidades da PalestinOcidental a Bíblia registra cerca de 600. Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia. Um problema com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande número de países, cidades, regiões inteiras e outros elementos geográficos, terem atualmente novos nomes. Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é parte do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo (2Tm 4.10) é hoje a área da extinta Iugoslávia (Sérvia e Montenegro, Croácia, e outros países menores), e etc...
2. A Arqueologia Bíblica. Esta, tem prestado enorme contribuição para a elucidação de dificuldades bíblicas e trazido à tona a história de povos do passado, considerados como lendários, como o caso dos hititas, mitânios e hicsos. A arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava cuidando de interesses ingleses.
3. A História Geral. Aqui é preciso certa cautela. Muitos manuais hoje em uso no estudo secular estão cheios de erros, por seus autores desconhecerem a Bíblia. Existem vários casos documentados.
4. A Cartografia. A ciência dos mapas. Certas editoras especializadas editam atlas emapas bíblicos, apropriados ao estudo da Geografia Bíblica. Os mapas mais importantes do mundo bíblico são os quatro seguintes:

Mundo Bíblico do AT;
Mundo Bíblico do NT;
A Palestina do AT;
A Palestina do NT.
O profeta Ezequiel, por ordem divina traçou num tijolo a cidade de Jerusalém, (Ez 4:1). Temos aqui uma noção de mapa bíblico.
 
A extensão do mundo bíblico
O mundo bíblico situa-se no atual Oriente Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo. É ele o berço da raça humana. Mas precisamente a Mesopotâmia, nas planícies entre os rios Tigre e Eufrates. Foi daqui que partiram as primeiras civilizações. Na dispersão das raças após o Dilúvio (Gn 10 e 11), Sem povoou o sudoeste da Ásia. Cão povoou a África, Canaã e a península arábica. Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
Limites do mundo bíblico
Ao Norte: Da Espanha ao Mar Cáspio
A Leste: Do Mar Cáspio ao Mar Arábico (Oceano Indico)
Ao Sul: Do Mar Arábico à Líbia.
A Oeste: Da Líbia à Espanha.
 
Regiões, áreas e países do mundo bíblico 
Acidentes naturais. Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos para isso.
1- Mesopotâmia (Gn 24.10; At 2.9; Dt 23.4) Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuais de História Geral declaram, ser o Egito o berço da humanidade. A verdade está na Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopotâmia destacam-se dois países:
Babilônia, de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11:24); Sinear (Gn 14:1); Súmer. É o sul da Mesopotamia.
Assíria, (Gn 2:14; 10:11) É o norte da Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: Nínive, destruída em 607 a.C. A Oeste ficava o reino de Mari. Os Mitânios habitavam em volta de Haran, ao Norte da Assíria.
2- Arábia. Capital: Petra (gr); Sela (heb.) Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Aí, Israel peregrinou em demanda de Canaã. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente aí (1Rs 9.28). A parte da península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi dada aí e o tabernáculo erigido a primeira vez.
3- Pérsia. Hoje parte do Irã. Capitais, teve as seguintes, pela ordem: Ecbátana, Pasárgada, Susã, Persópolis. Foi cenário do livro de Ester e parte do de Daniel. Aí, primeiramente floresceram os medos. Depois os persasassumiram a liderança. Ver At 2.9. A Média, quando na supremacia tinha por capital Hamadã (entre os gregos Ecbátana.)
4- Elam. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã (Gn 14:1; At 2:9).
5- Armênia ou Arará: Cap. 6 de Gênesis.
6- Síria. Mesmo que Arã. (Não confundir com Haran.) Capital: Damasco, Is 7:8. Seu território não é o mesmo da Síria moderna, At 11:26: Nos dias de Jesus tornara-se sede da província romana, da qual fazia parte a Palestina, Lc 2:2. A capital dessa província era Antioquia. A Síria era na época governada por um legado romano.
7- Fenícia. Hoje, Líbano, em parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Navegantes famosos. Primitivos exploradores. Fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Tunis) Nosso alfabeto vem dos fenícios, cerca de 1500 a.C. Ver Mt 15:21; 11:22; 1Rs 9:26-28.
8- Egito. É o país mais citado na Bíblia depois da Palestina. Em hebraico seu nome é Mizraim, Gn 10.6. Teve, várias capitais nos tempos bíblicos. Parte do seu futuro, profeticamente falando, está em Ez 29:15. Fica ao Norte da África.
9- Etiópia. Fica ao Sul do Egito. Segundo Gn 2:13, existia outra Etiópia na região Norte da Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hb). A profecia de Sl 68:31 a respeito da Etiópia, teve seu cumprimento a partir de At 8:26-39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia compreende hoje a Abissínia e a Somália.
10- Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de Cirene - cidade da Líbia, Mt 27:32. Igualmente, no dia de Pentecoste estavam cireneus em Jerusalém, At 2:10.
11- Ásia. A Ásia dos tempos bíblicos nada tinha com o atual continente asiático. Era uma província romana situada na parte ocidental da chamada Ásia menor ou Anatólia. Ler At 6:9; 19.22; 27:2; I Pe 1.1; Ap 1:4,11. Capital dessa província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor compreende hoje o território da Turquia.
12- Grécia ou Hélade, At 20:2. No Antigo Testamento, em hebraico, éJavan ou Iônia, Gn 10:4,5. A maior parte da Grécia Antiga era conhecida pelo nome de Acaia (At 18:12), nome esse derivado dos Aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testamento a Grécia era constituída de Estados isolados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano.
13- Macedônia, At 19.21. Ficava ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do território de vários países, a saber: norte da Grécia, sul da Bulgária, Iugoslávia, e parte da Turquia. O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A capital da Macedônia era Pella.
14- Ilírico, Rm 15.19. Região européia onde Paulo ministrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de 2Tm 4.10.
15- Itália, At 27:1; Hb 13:24. País banhado pelo Mediterrâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado um diminuto reino em 753 a.C, que mais tarde viria a ser senhor absoluto do mundo conhecido - O Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro.
16- Espanha, Rm 15.24,28. Paulo manifestou o propósito de viajar para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a cidade de Tarsis mencionada em Jn 1:3; 4:2, ficava ao sul da Espanha, sendo no tempo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande perseguidora dos cristãos durante a Idade Média, especialmente através dos tribunais da sinistra Inquisição.
17- Palestina ou Canaã, Deixamos a Palestina por último porque dela nos ocuparemos mais demoradamente. É a mais importante terra bíblica por várias razões

a- Alguns fatos sobre a Palestina
Foi prometida por Deus aos hebreus, Gn 15:18; Êx 23:31. É, sob o ponto de vista Divino, o centro geográfico da terra, Ez 5:5; 38. 12b. Melhor terra do mundo, Ez 20:6,15; Jr 3:19; Am 6:1. Se atualmente isto parece contraditório, a palavra profética assegura a sua restauração e esplendor no futuro. Os judeus seriam um povo destacado dos demais, Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7:14; Nm 23:9; Jr 49:31. Para que Deus chamou e elegeu a nação israelita: Gn 3:15; Êx 19:6; Dt 7:6; Rm 3:2; 9:4-5. Em suma: trazer o Messias ao mundo; produzir e preservar as Escrituras; ser um povo sacerdotal; e difundir o conhecimento do Senhor entre as nações.
b- Nomes pelos quais é conhecida a Palestina:
Canaã, Gn 13:12;
Terra dos Hebreus, Gn 40:15;
Terra do Senhor, Os 9:3;
Terra de Israel, 1Sm 13:19; Mt 2:20; 2Rs 5:2;
Terra de Judá, Judéia, Ne 5:14; Is 26:1; Jo 3:22; At 10:39;
Terra Formosa, Dn 8:9;
Terra Gloriosa, Dn 11:41;
Terra da Promessa, Hb 11:9;
Terra Santa, Zc 2:12; Sl 78:54 ARA;
Israel (modernamente).
Não há modernamente nenhum país chamado Palestina. O antigo país deste nome está hoje dividido entre a Jordânia e o moderno Israel.
c- Limites da Palestina
Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, na Arábia. (el Arish é o "rio do Egito" mencionado em Gn 15:18.)
Limite norte: Síria e Fenícia.
Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2.
Limite leste: Síria e Arábia.
d- Superfície da Palestina 
Mais ou menos como a do nosso Estado de Alagoas. Comprimento: cerca de 250 km, de Dã a Berseba. Hoje: 416 km. Largura: 88 km (a maior). Hoje: 100 km. Essa extensão variou com as épocas e situações de sua história. Por exemplo: na época das 12 tribos - 26.400 km². A extensão atual é de cerca de 156.000 km².
e- Clima 
O tipo de relevo do solo da Palestina resulta numa superfície muito variada, com muitas regiões elevadas e baixas, originando por isso toda espécie de climas, desde o tropical, no Jordão, até o de intenso frio no Hermom, a 2.815 metros de altitude. A faixa litorânea tem uma temperatura média de 21 graus C. No vale do Jordão a temperatura vai a 40 graus. A temperatura média de Jerusalém é de 22 graus. Janeiro é a época mais fria do ano, quando o termômetro. chega a 4 graus. É por essa variedade de climas que a Palestina presta-se a toda espécie de culturas.
f- Divisão política da Palestina 
No Antigo Testamento foi a Palestina dividia entre as 12 tribos de Israel. Três tribos ficaram a leste do Jordão: Manassés (parcialmente), Gade, Rúben. Cinco ficaram na área litorânea: Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em parte), Judá. Quatro se estabeleceram na região central: Naftali, Zebulom, Issacar, Benjamim. Duas ficaram nas extremidades Norte-Sul: Dã (Norte), Simeão (Sul). A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos governos. Nos tempos do Novo Testamento a divisão política constava de cinco regiões: Judéia, Samaria, Galiléia, Ituréia, Peréia. 
 
Durante o ministério de Jesus, seus governantes eram
Judéia e Samaria: Pôncio Pilatos (26-36 aD.) Pilatos era procurador romano. Sua capital política era Cesaréia; à beira-mar. 
A capital religiosa: Jerusalém.
Galiléia e Peréia: Herodes Antipas (4 aC. a 39 aD.) Era filho de Herodes, o Grande. Jesus passou a maior parte de Sua vida no território sob a jurisdição desse Herodes. Às vezes, todo o leste do Jordão era chamado Peréia (Mt 4.25; Mc 3.8). O vocábulo Peréia significa literalmente "região além", isto é, além do Jordão, Mt 4:15; 19:1; Jo 10:40.
Ituréia e outros distritos menores: Herodes Felipe II (4 aC. a 34 aD.) O moderno território de Golã, em parte ora ocupado por Israel, integrava essa jurisdição (a antiga Gaulanites, Dt 4:43; Js 20:8.) É mencionada apenas uma vez no NT, em Lc 3:1. A Iduméia, no extremo sul do pais, integrava a jurisdição da Judéia. É mencionada apenas uma vez no Novo Testamento: Mc 3:8.
g- Mares
Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7:2; Nm 34.7. Outros nomes: Mar Ocidental (Dt 11:24; Jl 2:20) e Mar dos Filisteus, Êx 23:31. Mar da Galiléía, Mt 4:18; Mc 7:31. Outros nomes: Mar de Quinerete (Nm 34:11), palavra essa que originou Genezarete, outro nome desse mar, Lc 5.1. Também Mar de Tiberíades, Jo 6:1. É mar interior, de água doce. Mar Morto, Ez 47:8 ARA. Aparece com vários nomes no Antigo Testamento: Mar Salgado (Gn 14:3); Mar de Arabá (Dt 3:17); Mar da Planície (2Rs 14:25); Mar Oriental (Ez 47:18; Zc 14:8); Mar da Campina, Js 12:3. Fica situado a 395 metros abaixo do nível do mar. Evaporação média diária: 8 milhões de metros cúbicos de água! É 25% mais salgado que qualquer outro mar.
h- Rios 
Todos os cursos d'água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca expressão. Jordão, Corre no sentido norte-sul. Nasce no Monte Hermom e deságua no Mar Morto. Querite, Desemboca no Jordão, margem oriental, defronte a Samaria. É umuádi, rio temporão. Cedron, Corre a leste de Jerusalém. Jaboque, Gn 32:22; Js 12:2. Afluente do Jordão, margem oriental.  Iarmuque. Afluente do Jordão, margem oriental. Não mencionado na Bíblia. Deságua 6 km ao sul do Mar da Galiléia. Arnom, Nm 21:13; Js 12:2. É hoje o Mojib. Deságua no Mar Morto, margem oriental. Era o limite sul da Palestina, na frente oriental.
Quisom, 1Rs 18:40. Deságua no Mar Mediterrâneo, Monte Carmelo.
i- Montes. São de muita importância na Bíblia, Js 11:21.
Tabor, Jz 4:6; 8:18. Fica na Galiléia. Altitude: 615 metros. Crê-se que aí ocorreu a transfiguração de Jesus (Mt 17:1,2.). 
Gilboa, 1Sm 31.8; II Sm 21.12. Fica em Samaria. Altitude: 543 metros. 
Carmelo, 1Rs 18:20. Fica em Samaria. Ponto culminante: 575 metros. Fica no prolongamento que forma a baía de Acre, onde se localiza a moderna cidade de Haifa, Ebal e Gerizim, Dt 11:29; 27:1-13. Dois montes de Samaria. Moriá, Gn 22:2; 2Cr 3.1. Fica em Jerusalém. Aí Abraão ia sacrificar Isaque. Nele Salomão construiu o templo de Deus. Sião. Em Jerusalém.  Altitude: cerca de  800 metros. O  local  e  o  termo  Sião  são usados de modo diverso na Bíblia. No Sl 133:36 Jerusalém. Em Hb 12:22 e Ap 14:1 é uma referência ao céu. Monte das Oliveiras. Em Jerusalém, Mt 24:3; Zc 14:4; At 1:13. Aí, Jesus orou sob grande agonia  na noite  em  que foi  traído. Sobre esse monte Jesus descerá quando vier em glória para julgar as nações.
Calvário, Pequena elevação fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco. Ver Lc 23:33. Calvário vem do latim "calvária" - crânio. Em aramaico é Gólgota - crânio, caveira, Mt 27:33; Jo 19:17. No local acima, em 1885 o general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de Cristo.
j- A Capital da Palestina: Teve várias sede, a saber
Gilgal. No tempo de Josué, Js 10:15.
Siló. No tempo dos juizes, 1Sm 1:24.
Gibeá. No tempo do rei Saul, 1Sm 15:34; 22:6.
Jerusalém. Da época de Davi em diante, 2Sm 5.6-9. Seu primitivo nome foi Salém, Gn 14:18, depois Jebus, Js 18:28 e por fim Jerusalém, Jz 19:10. Nos dias do Novo Testamento a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos.
Mispá, Jr 40:8. Por pouco tempo foi capital, durante o cativeiro babilônico.
Tiberíades. Foi outra capital da Palestina. Isso, após a revolta de Bar-Cócheba, em 135 a.D.
Detalhes complementares sobre Jerusalém como capital da Palestina. Fundada pelos hititas, Ez 16:3; Nm 13:29. Fica a 21 km a oeste do Mar Morto, e a 51 a leste do Mar Mediterrâneo. Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, a sudeste; Moriá, a leste; Bezeta, ao norte;Acra, a noroeste; Sião, a sudoeste. Na distribuição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de Benjamim, Js 18:28. Foi conquistada em parte por Judá, mas pertencia de fato a Benjamim, Jz 1:8,21. Tinha povo de Judá e Benjamim, Js 15:63. Não ficava no território de Judá (Is 15:8.) É chamada Santa Cidade, em Ne 11:1; Mt 4:5.
A cidade de Jerusalém, saindo do jugo romano, caiu em poder dos árabes em 637 a.D, e, salvo uns 100 anos durante as Cruzadas, foi sempre cidade muçulmana. Em 1518 os turcos conquistaram-na. Em 1917, os britânicos assumiram o controle, ficando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das Nações. A partir de 1948 passou a ser cidade soberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos árabes, os quais dela tinham se assenhorado na guerra de 1948. Reedificada sempre sobre suas próprias ruínas, Jerusalém (não Roma) permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da Nova Jerusalém que se há de estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalém será então metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, quando estará vestida do seu prometido esplendor, Is 2:3; Zc 8:22; Jr 31:38. Nesse tempo Israel estará à testa das nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sob os escombros de muitos séculos, sob metros e metros de entulho.
1- Outras cidades da Palestina
Outras cidades importantes: Jericó, Hebrom, Jope, Siquém, Samaria, Nazaré, Cesaréia, Cesaréia de Filipe, Tiberíades, Capernaum (Cafarnaum).
Cidades visitadas por Jesus: Nazaré, Lc 4:16; Betânia, Jo 1:28; Caná, Jo 2:1; Sicar, Jo 4:5; Naim, Lc 7:11; Capernaum, Jo 6:59; Betsaida, Jo 12:21; Corazim, Mt 11:21; Tiro e Sidom, Mt 15.21; Cesaréia de Filipe, Mt 16:13; Jericó, Lc 19:1; Betânia, Jo 11; Emaús, Lc 24:13-14, 18. 
 
Resumo histórico da Palestina até o tempo presente
Conquistada pelos israelitas sob Josué em 1451-1445 a.C.
Governada por Juízes: 1445-1110 a.C.
Monarquia: 1053-933 a.C.
Reinos divididos de Judá e Israel: 933-606 a.C.
Sob os babilônicos: 606-536 a.C.
Sob os persas: 536-331 a.C.
Sob os gregos: 331-167 a.C.
Independente sob os Macabeus: 167-63 a.C.
Sob os romanos 63 AC a 634 a.D.
Sob os árabes: 634-1517 AD.
Período das Cruzadas: 
1095-1187.  As  Cruzadas  foram  tentativas  do "Cristianismo" para libertar a Palestina das mãos dos muçulmanos árabes.
Sob os turcos (Império Otomano): 1517-1914. Os turcos são também muçulmanos, apenas com mais influência oriental.
Sob os ingleses, como protetorado, por delegação da Liga das Nações: 1922-1948. Como nação soberana: a partir de 14/5/1948. Nessa data foi proclamado o Estado de Israel, com a estrutura de república democrática. O primeiro governo autônomo em mais de 2.000 anos! De agora em diante cumprir-se-á; Am 9:14,15.
 
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Módulo Avançado - 3.0 – SBB
Bíblia – ARA - SBB
Bíblia Sagrada - ARC- SBB/1995
LIVRO DA EETAD - ANTONIO GILBERTO - BIBLIOLOGIA
SOMBRAS TIPOS, MISTÉRIOS DA BÍBLIA -  CPAD - JOEL LEITÃO MELO
INTRODUÇÃO BIBLICA – PASTOR J. CABRAL
MANUAL DO ESTUDANTE - CPAD
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, ENCICLOPEDIA HISTORIA, FILOSOFIA, TEOLOGIA;
O NOVO TESTAMENTO COMENTANTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO Milenium
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, O ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
 
Pr. Jorge Albertacci
Jubilado da Assembleia de Deus do Retiro
Retiro – 27281-360 – Volta Redonda - RJ
E-mail: prjorgealbertacci@yahoo.com.br
 
 
 
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