O motivo que nos impulsiona a fazer missões - Estudos Bíblicos

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Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
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O motivo que nos impulsiona a fazer missões

Evangelismo e Missões
INTRODUÇÃO
 
A Bíblia nos informa em Romanos 10:14-15:
 
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!”  Nos dizeres de Paulo no texto de Romanos 10.14-15, temos a mais nítida reiteração do que dissera o Senhor através do profeta Isaías em seu livro, Is 52:5-10:
 
“E, agora, que tenho eu aqui que fazer, diz o SENHOR, pois o meu povo foi tomado sem nenhuma razão? Os que dominam sobre ele dão uivos, diz o SENHOR; e o meu nome é blasfemado incessantemente todo o dia.  Portanto, o meu povo saberá o meu nome, por esta causa, naquele dia, porque eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui.  Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!  Eis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, juntamente exultam, porque olho a olho verão, quando o SENHOR voltar a Sião.  Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém! Porque o SENHOR consolou o seu povo, remiu a Jerusalém.  O SENHOR desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus”

ORIENTAÇÕES NECESSÁRIAS PARA OS QUE PARTEM PARA O CAMPO

Onde fazer Missões?
A Bíblia nos indica em Atos  1:8: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”
 
Como fazer Missões? 
Outra vez a Bíblia nos indica em Lucas 24:49:
  
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”
 
É importante notar que para o bom desempenho do missionário é necessário que primeiro ele fique, conforme recomenda o texto de  Lucas 24:49.
 
Qual é a importância do missionário para a Igreja Local?
O missionário é importante porque é através dele que a Igreja Local atende a ordem de Jesus de forma mais ampla, fora dos seus limites. O missionário é um braço da Igreja Local estendido aos lugares distantes. O missionário é um braço do seu Pastor para abençoar os povos distantes.  O missionário é o “orgulho” do seu Pastor, bem como da Igreja que o sustenta. O missionário é quem promove a notoriedade da Igreja. O missionário é a pessoa na qual a Igreja Local pode se gloriar. O missionário quando afinado com a Igreja Local, e consequentemente com o diapasão do Espírito de Deus, pode fazer muitas maravilhas e sinais em nome de Jesus. O missionário é àquele servo que vai buscar as almas lá fora onde elas estão. O missionário tem constante assistência da multiforme provisão de Deus, porque seu ministério não se resume em simplesmente evangelizar, mas, seu trabalho se estende a todas as áreas ministeriais.
 
Por que fazer missões?
Por que a Igreja não pode limitar suas atividades somente dentro de quatro paredes. É necessário que ela saia desse aconchego em busca dos que ainda não foram alcançados. Jesus disse aos Seus discípulos: "mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel"  (Mateus 10:6).
 
Como brasileiros, porque devemos valorizar a obra missionária?
Devemos valorizar e nos interessar mais e mais por missões por vários motivos, e dentre estes, destaco dois:  a) – este é um dever da Igreja do Senhor Jesus, manter viva a chama do Evangelho em todo mundo;  b) – como brasileiros devemos ser gratos a Deus que nos enviou missionários, com isto, muitas Igrejas brasileiras, são frutos desta obra. Entre muitas, destaco as Assembleias de Deus que trouxe para o Brasil, a Mensagem Pentecostal. Mesmo sendo gratos a Deus, somos ainda grandes devedores no que diz respeito ao envio de missionários às outras nações do mundo.  Gunnar Vingren e Daniel Berg, foram chamados por Deus e enviados a fazerem missões em terra brasileira, o resultado é que a todo instante, centenas e centenas de vidas se entregam a Jesus, e o confessam como único e suficiente salvador. Muitas outras nações clamam pela presença de um missionário, e até mesmo por uma carta, uma oração ou uma palavra de conforto. Oremos ao Senhor para que envie missionários para Sua seara que está madura, somente esperando os ceifeiros.
 
O PREPARO
 
Ficar em Jerusalém significa preparar-se primeiro, e esse preparo se faz na Igreja Local, e nunca fora dela. Junto com o Pastor Local, participando ativamente com os irmãos em todas as atividades da Igreja, que for da competência dos membros. Frequentando assiduamente a Escola Dominical, os Cultos de Doutrina, de Santa Ceia, de Missões, de Evangelismo, das visitas aos necessitados, dos trabalhos braçais da Igreja. Enfim, o bom missionário é formado em casa, e trabalhando.  Quanto ao preparo secundário, muitas Igrejas hoje já dispõe desse recurso. Quando não, outro meio, é que existem excelentes cursos de missões que podem ser feitos por correspondência. Com este o obreiro pode juntar o útil ao agradável – o bom ao ótimo. Isto mesmo, estudar a teoria por correspondência, e a prática, na própria Igreja, trabalhando ao lado do Pastor, dos irmãos. E haja trabalho para se fazer. O missionário, mesmo com toda a convicção de que de Deus recebeu a chamada para a obra, deve este entender que o ir quando se devia ficar, em nada é mais perigoso do que o ficar quando se devia ir. Deste modo, ele deve esperar em Deus, na mais plena comunhão com a Igreja Local. Evitar precipitação e/ou quaisquer questiúnculas com o Pastor da Igreja, evitando assim prejuízos futuros.
 
O PERIGO DA PRECIPTAÇÃO
 
No segundo livro de Samuel 18:19-30, podemos entender o preço da precipitação de quando o individuo parte, mesmo sem ter mensagem alguma. Como exemplo, temos o caso de Aimaás. Quando Absalão, o filho que levantou contra seu próprio pai, Davi, foi morto pelas mãos de Joabe, preso pelos cabelos em uma árvore. Aimaás, sem preparo algum, se ofereceu para levar a notícia ao rei. Mas, essa não era uma notícia comum, e nem tão pouco Aimaás era a pessoa indicada para levar a mensagem.

Mesmo sem o preparo necessário, Aimaás propõe com insistência para levar a mensagem ao rei, pelo que Joabe de forma peremptória, sentenciou:
 
“Tu não serás hoje o portador das novas. Outro dia as levarás, mas hoje não darás a nova, porque é morto o filho do rei”
 
Preterindo Aimaás, Joabe preferiu comissionar um etíope anônimo. O que deve ter sido uma ofensa para alguém tão importante como Aimaás, filho do sacerdote, ser preterido por um etíope. Diante de tamanha responsabilidade, humildemente, a primeira coisa que o etíope fez, foi se inclinar, humilhando-se diante daquele que lhe confiou tão nobre missão. Em seguida, saiu correndo rumo ao palácio real.  O rei, como sempre, estava assentado no seu lugar de costume, entre as duas portas. Nesse momento a sentinela subiu ao terraço da porta junto ao muro e, levantando os olhos, viu um homem que corria só. Gritou a sentinela, e o disse ao rei. O rei respondeu: Se vem só, deve trazer boas notícias. E o mensageiro aproximava-se cada vez mais. Então a sentinela viu outro homem que corria, e gritou ao porteiro, e disse: Olha, lá vem outro homem correndo só. Disse o rei: Também esse traz boas notícias.  Quando Aimaás se viu diante do rei, o saudou gritando: Paz. Inclinou-se ao rei com o rosto em terra, e disse: Bendito seja o Senhor teu Deus, que entregou os homens que levantaram a mão conta o rei meu senhor.  O rei insatisfeito com a mensagem evasiva do mensageiro insistiu com ele, perguntando-lhe: Vai bem o jovem Absalão? Respondeu Aimaás: Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim, teu servo, porém não sei o que era. Na verdade Aiamaás não era portador de mensagem nenhuma. Essa não era a sua vez. Ele subestimou a capacidade do humilde etíope, quando este é que era o enviado.
 
O SOLUÇO DE UM BILHÃO DE ALMAS - UM BOM EXEMPLO
 
Diz-se que Martinho Lutero tinha um amigo íntimo, cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio trabalhando no serviço do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: "Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras incansavelmente na luta." Miconio orou dias seguidos por Martinho. Mas enquanto perseverava em oração, começou a sentir o peso da própria culpa. Certa noite sonhou com o Salvador, que lhe mostrou as mãos e os pés. Mostrou-lhe também a fonte na qual o purificara de todo o pecado. "Segue-me!" disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma planície que se estendia até o longínquo horizonte. Essa vasta planície estava coberta de ovelhas, de muitos milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforçava para apascentar a todas. Então o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vastos campos de trigo brancos para a ceifa. O único ceifador, que lidava para segá-los, estava quase exausto, contudo persistia na sua tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitário ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono, tomou esta resolução: "Não posso ficar aqui orando enquanto Martinho se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos têm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor; enviame a mim!" Foi assim que Miconio saiu para compartilhar do labor de seu fiel amigo. Jesus nos chama para trabalhar e orar. É de joelhos que a Igreja de Cristo avança. Foi Lionel Fletcher quem escreveu: "Todos os grandes ganhadores de almas através dos séculos foram homens e mulheres incansáveis na oração. Conheço como homens de oração quase todos os pregadores de êxito da geração atual, tanto como os da geração próxima passada, e sei que, igualmente, foram homens de intensa oração. (Livro Heróis da Fé – Orlando Spencer Boyer – Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
 
UMA GRANDE DIFICULDADE
 
Quantos e quantos Aimaás que ainda existem em nossos tempos! Quando dá na cabeça que é missionário, não procura saber de mais nada, a não ser sair. Quanto à obediência devida à Igreja Local, na pessoa do seu Pastor, ele simplesmente comunica. Comunicar é uma coisa, enquanto que, abnegado, pedir orientação e apoio é outra muito diferente. A Igreja primitiva já sofria com essa discrepância ministerial, conforme podemos ver na carta de Paulo aos Filipenses 1:15-17.

A LEGÍTIMA CHAMADA

No decorrer da história da Igreja, Deus tem chamado homens e mulheres para fazerem missões. Gunnar Vingren e Daniel Berg foram chamados por Deus e enviados a fazerem missões em terra brasileira, o resultado é que a todo instante, centenas e centenas de vidas se entregam a Jesus, e o confessam como único e suficiente salvador. 

DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL

No Evangelho de João 6:1-15, deparamos com os discípulos enfrentando um dos grandes desafios a ser enfrentado pelo missionário:

“E grande multidão o seguia,  e  Jesus, levantando os olhos e vendo que uma multidão vinha ter com Ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?”

Eles não tinham dinheiro, nem onde comprar pão para alimentar a multidão. Estavam diante de um tremendo desafio. Isso é  Missões. Alimentar a  multidão faminta em lugares desertos da terra  é  um desafio que foge da lógica humana. É necessário olhar além, e ver os campos brancos para a ceifa, e sair com o pouco que tiver, mas com o coração cheio de fé e do Espírito Santo. Sabendo com certeza de que, é melhor estar com Jesus no deserto do que sem Ele na cidade.

CONCLUSÃO
 
Partamo-nos para a obra do divino Mestre, sabendo que, onde estivermos, é ali que Ele quer que estejamos. Como instrumentos de Deus, se é que somos, Ele vai nos usar onde estivermos, e nunca em outro lugar. Trabalhar com murmuração e até mesmo com raiva, não adianta nada. Melhor seria procurar outro serviço para fazer. Trabalhar em desarmonia, desafinado com a Igreja, além de ser perda de tempo, ainda é muito prejudicial para a obra do Senhor e acaba sendo até pecado de rebelião, como afirma a Palavra de Deus em 1 Samuel 15:23:   
 
Por que a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”

“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões. Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”
(Filipenses 2:3)

Pastor Jorge Albertacci
Assembleia de Deus do Retiro
Volta Redonda
Rio de Janeiro
 
 
 
 
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