O Flautim e o Ministério Cristão - Estudos Bíblicos

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Estudos Bíblicos
Pr. Jorge Albertacci
Levantai os vossos olhos para as terras que já estão brancas para a colheita. (João 4:35)
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O Flautim e o Ministério Cristão

TEOLOGIA DO OBREIRO > Teologia do Obreiro
O FLAUTIM E O MINISTÉRIO CRISTÃO

(Mateus 25:14-30; 2 Timóteo 4:5)

Texto Bíblico
 
14  "Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, 15  e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. 16  E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos. 17  Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.  18  Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.  19  E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.  20  Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.  21  E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 22  E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.  23  Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.  24  Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;  25  e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 26  Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; 27  devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros.  28  Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. 29  Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.  30  Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes."
 
(2Timótemo 4:5)

5 "Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério!" 
 
INTRODUÇÃO
 
A cada um dos servos de Deus é confiado pelo Seu Santo Espírito algo a desempenhar no Corpo de Cristo, a Igreja. O Espírito Santo não somente confia, mas também capacita a todos os chamados para o desvelo sobre tudo quanto for fazer. No livro do profeta Jeremias 48:10a,  há uma declaração da parte de Deus que merece uma observação mais acurada da parte dos obreiros do Senhor. Observemos então: "Maldito aquele que é relaxado no serviço de Deus!" Entendemos no Novo Testamento que em Cristo, estamos isentos de todas as maldições. Mas, neste caso há uma condição específica, assim como, muitas outras, tanto no Velho como no Novo Testamento.
 
A ORQUESTRA E A DIVERSIDADE DE INSTRUMENTOS
 
Nesta tese faço menção de uma grande orquestra que se apresentaria em uma cidade e entre muitas, havia uma peça musical do seu repertório de tamanha importância que colocaria aquele maestro em um patamar mais elevado, bem como sua orquestra. Para isto o evento foi agendado para ser apresentado em um luxuoso Centro de Convenções. Os dias se passaram e passaram, todos ansiosos para aquele momento. Enfim chega o dia e o momento da apresentação! Na hora certa, todos os músicos estavam a posto diante da grande plateia. As grandes tubas, os fagotes, os oboés, os trombones de pistos e de vara, os bombardinos, as cordas, as pomposas trompas e muitos outros. Tudo reluzente! Entre todo aquele aparato estava o FLAUTIM, rústico, sem cor reluzente, medindo 30 centímetros ou menos. Mas que independente do tamanho e beleza, sua parte nenhum outro seria capaz de fazer.
 
O GRANDE E ESPERADO MOMENTO 
 
Entusiasmado o maestro, corre um ligeiro e sereno olhar nos músicos e levanta a batuta para a apresentação da peça principal. Nos primeiros acordes, no início, a plateia aplaude de pé; cada músico executando sua partitura e o maestro se entusiasma! Chega a vez do insubstituível FAUTIM! O maestro volta o olhar para o músico e aponta a batuta para ele e ele não responde! O maestro então sinaliza para uma parada abrupta! A plateia se emudece; o maestro por entre os músicos chega onde está o FLAUTIM e cobra do músico: - por que que você falhou na hora dos floreados agudíssimos do seu instrumento? Ele responde: - o FLAUTIM está no bolso da minha jaqueta, tive vergonha de exibi-lo diante de tantos instrumentos pomposos e reluzentes e ainda mais, diante dessa plateia!
 
Todo o trabalho, todas as expectativas, todo tempo empregado nos ensaios, foram prejudicadas ali, com a falha do FLAUTIM! Na verdade, o FLAUTIM é um instrumento pequeno, sem muita beleza, mas, nenhum outro é capaz de substituí-lo.  Nem um outro instrumento faria a parte que tocava ao FLAUTIM.
 
Na obra de Deus não é diferente: não existe grande e nem pequeno. Feio e nem bonito, todos são iguais perante o Senhor. Claro que deve sim haver uma hierarquia, desde que, ninguém seja tão honrado, em detrimento de outro. Essa hierarquia não é para subestimar a capacidade de ninguém. Mas para promover equidade entre os membros do colegiado. Todos devem saber, que a quem honra, honra. Cada um deve dar conta do que Deus o delegou a fazer. Um é chamado para zelar do ambiente onde a Igreja se reúne, outro é chamado para prestar assistência contábil, outro, para prestar assistência jurídica, outro para a assistência social e assim por diante, até aquele que é chamado para presidir.

DA UNIÃO, DEPENDE A UNIDADE
 
Cada instrumento, unido ao outro, é que forma a UNIDADE, a orquestra.  Deus chama um a um, e a UNIÃO de todos, é que forma a UNIDADE – a IGREJA, o CORPO do SENHOR.  Há muitos instrumentos que até que podem ser substituídos com a falta de outro, mas, não o FLAUTIM com seu som agudo e enternecedor. Assim é o ministério cristão!

O DEVER DE CADA UM

Aprendemos com o grande sábio Salomão, em Eclesiastes 9:10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.”
 
O que fora reiterado pelo próprio Deus: “Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou” (1Reis 19:18).  Por sua vez, Paulo na sua carta aos Romanos 11:4 reitera:  “Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal.”
 
CONCLUSÃO
 
Ninguém é tão ruim que não faça falta para anunciar reino de Deus. Jesus convidou a todos, mas, é bom saber, também, que ninguém é tão bom que possa ser insubstituível. No ministério cristão há muitos são substituídos, pelos mais variados sentidos, a saber: por morte, por aposentadoria, por doença que o incapacita para o exercício do ministério e por abandonar a fé.  Em Lucas 19:40, lemos o que disse Jesus: “E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” Sendo assim, antes que as pedras clamem, clamemos nós.


Pastor Jorge Albertacci
Atualmente jubilado da Assembleia de Deus em Volta Redonda – Rio de Janeiro
 
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